Seguindo o exemplo de Roberto Requião quando assumiu, o governador Beto Richa anunciou ontem, primeiro dia útil de trabalho, uma moratória de no mínimo noventa dias nos pagamentos devidos pelos órgãos da administração direta e indireta do estado. A medida é justificada pela necessidade de se levantar a exata situação das contas públicas. A propósito, em seu discurso de posse no último sábado, Richa já havia alertado para os baixos níveis de capacidade de investimento do governo, agravados pela realização de gastos que a prudência não recomendaria.
Reconheça-se que a medida é providencial para permitir ao recém-empossado governo tomar os primeiros passos a fim de cumprir com o seu programa de metas. A ressalva que se faz é que, via de regra, tais medidas acabam ficando apenas no impacto inicial. Que a nova administração, imbuída dos compromissos de transparência e austeridade já manifestados, gerencie a máquina pública com responsabilidade e dê conhecimento à população das providências que venha a tomar. Aí se inclui o resultado da auditoria nas contas deixadas pelo governo passado.
-
Fuga de outros não pode ser pretexto para prender acusados do 8/1, dizem juristas
-
Lula emplaca reoneração nas empresas, mas enfrenta resistência das prefeituras
-
Podcast repercute aprovação do projeto que pune invasores de terra e mira o MST
-
Moraes proíbe punição de médicos por realização de abortos após 22 semanas