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A comunidade do Paraná está resgatando a tradição de reivindicações federativas que, no passado, resultou em retornos relevantes para nossa gente. Assim, o projeto de orçamento da União para 2007, elaborado sob a coordenação do ministro Paulo Bernardo, já contempla projetos importantes como a retomada das obras da Rodovia Transbrasiliana que corta o território paranaense de Norte a Sul, o início da modernização do trecho ferroviário entre Guarapuava e Ipiranga e a construção do novo contorno ferroviário de Curitiba, que vai tirar o trem do centro da capital.

Há pouco menos de um mês, os paranaenses haviam apresentado ao titular do Planejamento as demandas em infra-estrutura com recursos federais. À parte situações ilegais tipo como emendas "sanguessugas", esse processo é adotado tradicionalmente em países de sistema federativo. No Brasil ele tem mais relevância porque as receitas de estados e municípios mal cobrem despesas correntes, sendo necessário apelar à União em projetos de maior fôlego.

Doutro lado, nas ocasiões em que funcionou unida a bancada federal do Paraná conseguiu apoiar a conquista de objetivos de alcance, dentre eles a legislação dos royalties sobre a exploração de recursos naturais; a instalação da refinaria da Petrobrás e, em um período anterior, a criação do Tribunal Regional do Trabalho. Nos últimos anos, entretanto, uma série de fatores reduziu essa transferência de recursos, com a ressalva de uma emenda subscrita coletivamente por parlamentares federais paranaenses que garantiu a pavimentação da Estrada da Ribeira (BR-476).

Em outros estados, os representantes usualmente trabalham carreando verbas para projetos regionais. São exemplos, a Bahia, onde a bancada federal usa emendas orçamentárias para ampliar a extração de recursos da União; e Pernambuco, onde sempre um deputado federal patrocina reivindicações de interesse de uma região ou município que integre sua base eleitoral.

Entre os projetos prioritários do Paraná na Lei Orçamentária da União de 2007 destacam-se, para Curitiba, a construção de um novo contorno ferroviário para retirar a linha que corta diversos bairros até os pólos de produção de cimento e calcário de Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul. O custo orçado pelo Ippuc vai a R$ 140 milhões, e a dotação inicial é de 15 milhões. Pouco, porém a abertura da rubrica, por instâncias do prefeito Beto Richa, permite que emendas parlamentares elevem o montante para 50 milhões ou mais, viabilizando a contratação da obra.

Outras dotações irão para o trecho da BR-153, a Rodovia Transbrasiliana, entre Ventania e Alto do Amparo, na Região Centro-Norte, e para a reforma do trecho ferroviário entre Guarapuava e Ipiranga – fundamental para conferir condições modernas a esse tronco ferroviário paranaense. Com os recursos já previstos, mais emendas conjuntas da bancada federal, o Paraná poderá obter perto de 1 bilhão de reais em investimentos da União, esforço que com continuidade vai melhorar as condições de vida de nossa população.

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