Educação integral, a solução que o Brasil procura

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Escolas com educação integral devem ser priorizadas para um desenvolvimento do ensino-aprendizado e para a melhoria na qualidade do ensino. A ampliação deste modelo é fundamental para que o país dê um salto na área da educação.

As instituições de ensino possuem uma carga horária reduzida de quatro horas diárias que, se ampliadas para sete horas, resultará em um nível maior de qualidade de ensino para os alunos. Nessas três horas a mais em que permaneceriam na escola, os estudantes poderiam receber reforço de disciplinas específicas, como Matemática e Português, além de atividades culturais – como dança, teatro e música – e práticas esportivas.

O Brasil vem colhendo resultados significativos com relação a alguns aspectos, como o econômico. Mas esses avanços devem vir acompanhados por melhorias na educação, um dos pilares para que uma sociedade seja fortalecida e sadia. Para que uma escola avance e progrida, é preciso ter muito mais que a vontade dos professores e de toda a equipe pedagógica em ensinar. São necessários investimentos.

Uma instituição de ensino não busca apenas transmitir conteúdos pedagógicos. Tem como propósito a formação integral do aluno, transmitindo lições de vida, fazendo, assim, que os alunos tenham para com a escola uma relação de confiança e de respeito. É na escola que parte da personalidade da criança é formada, pois é lá que ela passa a se relacionar com outras crianças, aprende que os laços da amizade são importantes, respeita o próximo e exercita a criatividade. Com um tempo de frequência maior, os alunos poderão evoluir muito mais, resultando na construção de cidadãos de bem.

Muitos são os exemplos de instituições que possuem educação integral e que, desta forma, conseguiram resultados satisfatórios para toda a sociedade. O Centro de Educação João Paulo II (CEJPII), de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, provou que esse modelo de ensino integral é de suma importância para que os alunos tenham uma vida melhor, seja dentro ou fora da escola. A instituição atende mais de 200 crianças carentes com ensino integral, oferecendo reforço escolar e diversas atividades culturais que implicaram no melhor desempenho dos alunos.

Já vimos que a educação, muito mais que um instrumento opcional e de utilidade fundamental para algumas famílias (como se observa na atitude de deixar os filhos na escola porque os pais necessitam trabalhar), é essencial para a formação do caráter do futuro de nossa sociedade. Considerando esse aspecto, devemos investir nessa área.

A educação é capaz de transformar as pessoas. Não podemos deixar que essa solução para tantos problemas acabe passando despercebida aos nossos olhos. Precisamos investir, e muito. Mas esse trabalho deve ser feito em conjunto, pois na coletividade conseguiremos obter o êxito esperado.

Alexandra Soares de Lima é coordenadora pedagógica do Centro de Educação João Paulo II.