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Bom dia!

Banco do Brasil, Eletrobras e Petrobras enfrentam há mais de um ano um intenso processo de saneamento, mas este número levantado pela Flávia Pierry mostra como o buraco é profundo: as três estatais gastaram R$ 61,7 bilhões com seus servidores em 2016. O valor equivale a mais de 1,2 milhão de malas de dinheiro daquelas entregues pela JBS a Rodrigo Rocha Loures.

A conta é engrossada por uma receita bem conhecida na administração pública brasileira: combinação de benefícios legais que fazem os rendimentos superarem o teto constitucional, apadrinhamentos políticos, acúmulo de funções, premiação à baixa produtividade e pressão sindical.

Opositores ferrenhos a qualquer discussão que trate de produtividade e redução de gastos, os sindicatos ganharam um aceno de Temer para preservar sua mina de ouro: o imposto sindical. Ontem, o presidente recebeu lideranças das principais sindicais e acenou com a criação de um imposto genérico, vinculado às negociações coletivas - o que não deixa de ser um financiamento ligado a produtividade.

Os sindicatos preferem um fim gradual do imposto obrigatório. A Gazeta do Povo vê com bons olhos essa transição, como explicamos no nosso editorial de hoje. Embora frustre os liberais, a carência não interrompe de forma abrupta o canal de financiamento único de muitos sindicatos e dá um tempo para que as entidades se modernizem, de olho em outras receitas e bandeiras mais atuais.

Os sindicatos terão tempo para avaliar se não é o momento de abandonar discursos desgastados como a luta de classe, no qual o empregador é visto como inimigo, para propor avanços nas relações de trabalho em um mundo que muda a todo instante.

A denúncia contra Temer

Entregue O advogado Antônio Mariz entregou à Câmara a defesa de Michel Temer contra a denúncia de corrupção passiva. Perante os microfones, Mariz disse querer ficar frente a frente com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Um lanchinho Mariz fez troça ao ser perguntado se o governo está na UTI. Disse que no máximo está na lanchonete do hospital.

Outro tom Na denúncia, porém, o tom é outro. Nada de gracejos e apenas uma menção a Janot. Joesley Batista é citado 67 vezes. As palavras “não” e “prova” são as mais frequentes.

É uma defesa alentada – duvido que vocês tenham paciência para lê-la – que honra o presidente da República e é uma homenagem aos deputados.

Quer dar uma prova da sua paciência a Mariz? Segue a defesa na íntegra.

Maratona Se você pretende acompanhar a discussão da defesa de Temer na CCJ da Câmara, prepare o café: os debates podem durar até 43 horas.

Coincidência A oposição na Câmara pediu a investigação da liberação de emendas parlamentares. Desde a delação da JBS, o Palácio do Planalto liberou R$ 1,8 bilhão para deputados e senadores.

Funciona assim Alfredo Kaefer (PSL-PR) foi um dos deputados a cumprir agenda com Temer no início da semana. Segundo ele, nada de toma-lá-dá-cá para aliviar a barra do presidente. “Todo parlamentar tem seu pleitozinho. Suas questões individuais. E quem não quer ajudar os seus municípios?”. Agora ficou entendido.

Não te conheço Guido Orgis analisa a sutil virada de costas do Congresso para o governo Temer. Reflexo da economia estável, mas que pode deixar o presidente sem ar na hora em que ele mais espera por ajuda dos amigos.

Leve e silenciosa Teco Medina dá mais musculatura a essa silenciosa retomada econômica. Os dois indicadores mais recentes são a alta da produção industrial e da venda de veículos em maio.

Dá para melhorar Ricardo Amorim aponta o que pode deixar essa retomada ainda melhor e mais veloz: acelerar os programas de concessões e privatizações.

Dá para piorar Melhor fazer isso antes que Eduardo Cunha conclua o acordo de delação premiada com a PGR. A ogiva preparada pelo ex-deputado teria a comprovação de que Temer recebia uma mesada da JBS. Será que Cunha conseguirá mesmo derrubar um segundo presidente?

O teorema da luz

O Ministério de Minas e Energia apresentou a proposta da reformulação no setor elétrico. Para o consumidor, a proposta de impacto mais direto é a que prevê a variação da tarifa de luz de acordo com a hora do dia - mais caro no pico, mais barato na baixa.

A proposta está aberta para consulta pública até agosto. É esse documento aqui embaixo.

Iluminado

King Jong-Un avançou mais um passo em sua ofensiva nuclear ao testar com sucesso um míssil de longo alcance, capaz de voar até o estado americano do Alasca. O reflexo imediato é dar ao ditador norte-coreano o concorrido rótulo de maior maluco do pedaço. Porém, Maurício Brum mostra que ele tem é uma clara estratégia de intimidar seus adversários.

Vale do Silício

Uma revolução A Udacity, universidade virtual do Vale do Silício, tem cursos e ferramentas suficientes para revolucionar sua carreira. Pergunte-nos como.

Duas revoluções A Code.Org criou uma ponte entre empresas do Vale do Silício e escolas públicas para ensinar programação em sala de aula. O investimento valioso já gera uma discussão das boas: a iniciativa prepara os alunos para as empresas de tecnologia ou para eles mesmos?

Boa notícia contra o câncer

A psicóloga Daniela Masi conta em artigo como médicos e um supercomputador estão se tornando aliados no tratamento de câncer. A máquina informa ao humano as melhores opções de terapia cruzando dados do paciente com o que há disponível na medicina atual.

As brigas de sempre

Duas brigas são permanentes no governo Richa: com servidores em geral e com as universidades estaduais. No momento, cada uma se encontra em temperaturas diferentes. Vou te contar...

Com as universidades estaduais, enfim parece próximo um acordo para que elas se adequem ao Meta4, sistema único de gestão financeira. Isso ficou claro durante a entrega de 14 vans para as estaduais, ontem, no momento em que Beto Richa falou que não seria uma questão administrativa a azedar a relação dele com as universidades.

O azedume deve se estender a todo o serviço público estadual. A exemplo do ano passado, a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018 não prevê reajuste automático para o funcionalismo. O aumento só sai se tiver dinheiro em caixa, depois de quitadas as progressões e promoções. A Assembleia já aprovou.

No papel

A prefeitura de Curitiba retomou a agenda do Ligeirão Norte-Sul, para ligar o Santa Cândida ao Capão Raso. O projeto é de 2011 e estava parado. Felippe Aníbal tem os detalhes.

A bola pune

Após muita polêmica e rompimento com o Coritiba, o Atlético jogou contra o Santos, na Vila Capanema, pela Libertadores. Jogou e perdeu, por 3 a 2, com requintes de crueldade: gol de letra e frango de Weverton. Agora, o Furacão terá de bater o Peixe por dois gols, na Vila Belmiro. Já fez isso na escalada do vice-campeonato de 2005. Repete a dose?

Enquanto isso, a Arena da Baixada recebeu o segundo dia da fase final da Liga Mundial de Vôlei. As partidas Estados Unidos x Sérvia e Rússia x Canadá tiveram público menor que o jogo da Libertadores.

O alemão do Coxa

É fria Ninguém entende mais de futebol alemão no Brasil do que Gerd Wenzel. E o comentarista da ESPN faz um diagnóstico nada animador sobre Alexander Baumjohann, o reforço germânico do Coritiba.

É um risco porque ele tem 30 anos, sofreu com muitas contusões. O potencial que ele tinha, ele já mostrou.

Só piora A negociação teve a participação de Lincoln, ex-meia do Coritiba e hoje empresário. Lincoln acaba de obter a penhora do CT do Coxa para garantir a quitação de uma dívida trabalhista.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa A diretoria do Coritiba confirmou que Lincoln é empresário de Baumjohann e, logo, participou da negociação. Mas garante que não há relação entre o negócio e a dívida trabalhista.

Quase sexta

O Guia Gazeta do Povo tem uma seleção de sete programas para esquentar as turbinas do fim de semana. Vai de MC Kevinho e roda de choro, passando por jantar romântico e festa julina com chope artesanal.

Vale já reservar na agenda o domingo à noite, quando o Empório São Francisco terá uma festa para o lançamento do álbum póstumo de Ivo Rodrigues, ex-Blindagem. O álbum tem essa joia inédita de Ivo chamada “O velho homem do folk”, que você ouve primeiro na Gazeta do Povo.

Ei, você ainda está de pijama? Joana Neitsch responde se as leis trabalhistas permitem que a gente vá exercer a função com roupa de dormir. Boa quinta-feira a todos!

Este resumo é publicado de segunda a sexta-feira, sempre às 6 horas, e atualizado ao longo da manhã. Também é enviado por notificação para quem tem o aplicativo da Gazeta do Povo no celular (Android ou iOS).

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