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 Bom dia!

Desvie os olhos da tela do celular (ou tablet, ou computador) e observe à sua volta. Após 24 meses no atoleiro, acordamos em um Brasil fora da maior recessão econômica da sua história. O PIB do primeiro trimestre de 2017 cresceu 1% em relação aos três últimos meses de 2016. No estilo Donald Trump, Michel Temer foi ao Twitter comemorar.

Crescimento puxado pelo agronegócio. Sozinho, o setor foi 13,4% maior de janeiro a março de 2017 do que de outubro a dezembro de 2016. Cada vez que você colocar soja, milho e arroz na mesa, saiba que estará na ponta final das cadeias que guiaram o crescimento do agro - e do PIB.

Essa é a parte boa. A ruim é que não há sinais incontestáveis de que estes números irão se sustentar. Guido Orgis aponta a influência das exportações no resultado no agronegócio, fenômeno comumente concentrado no começo do ano.

A recessão ainda não acabou, a economia está frágil e a política continua sendo uma fonte de incertezas.

Ricardo Amorim vê outro fator de risco. A confiança nas reformas animou a economia no início do ano. Com a desaceleração das reformas, não há fator que indique um crescimento consistente.

Teco Medina amplia o leque para os outros números que formam o PIB: famílias, governo e investidores gastaram menos.

Todo alicerce para ter um crescimento sustentável continua piorando ou em um nível muito ruim. E esses números são pré-crise política.

Desculpa por água no chope (ou no arroz). Prometo que o “Bom Dia” vai terminar com alto astral, me cobrem. Mas ainda tem mais umas pedradas pelo caminho. Aguentem aí!

Sempre haverá a Mongólia

A escola de negócios suíça IMD divulgou seu ranking de competitividade. O Brasil, que era o 31º ano passado, desmoronou para ANTEPENÚLTIMO na lista de 63 países. Só estamos à frente de Mongólia e (um doce se você adivinhar) Venezuela. Para Rodrigo Constantino, “fruto de uma mentalidade equivocada, que condena o livre mercado, o empreendedor e o lucro; e delega ao estado o papel de locomotiva do progresso.”

Revirar os arquivos da gestão petista no BNDES mostra como essa locomotiva virou um bonde sem freio. Lúcio Vaz fez o serviço e levantou que o banco de fomento destinou maior volume de recursos aos maiores doadores eleitorais. JBS? Sim. Odebrecht? Tá lá. Andrade Gutierrez? Também.

Não mexa no meu privilégio

Um dos grandes motivos do inchaço da máquina pública é o crescimento geométrico dos gastos com servidores. O simples risco (ou boato, em alguns casos) de perder um privilégio que seja com as reformas fez os servidores e seus sindicatos serem o maior (e às vezes mais violento) foco de crítica ao governo Temer.

E olha que o bolo de benesses não pára de crescer. A Câmara aprovou ontem, em votação simbólica, uma Medida Provisória que concede reajustes a 29 mil servidores públicos da ativa e 38 mil aposentados e pensionistas. O texto sobe para sanção de Temer. Ele vai assinar? Ou, ele ainda estará no Planalto para assinar?

Temos perguntas. Queremos respostas

O futuro de Temer passa pelo interrogatório da PF no inquérito da JBS. Flávia Pierry lista dez perguntas que devem ser feitas para o presidente. Essa aí que você está pensando consta da lista, bate o dedo no texto azul e confere.

Do outro lado de balcão de negociatas, também há quem deva respostas bem convincentes. É o caso das auditorias independentes que não viram anos de corrupção na JBS, Odebrecht e afins passar debaixo do seu nariz. Paulo Eduardo Monteiro Vieira foi perguntar como. E responde para você.

A pergunta de mais fácil resposta era qual o nível de casuísmo na PEC das eleições diretas em discussão no Senado. Podemos dizer que atingiu o índice máximo da escala Lindbergh Farias. Para mudar um artigo da Constituição, o senador petista propôs passar o trator por cima de outro. No editorial “A PEC das Diretas sem casuísmos” explicamos a manobra e seu fracasso.

Como poderia ser constitucional uma proposta que pretendia explicitamente suspender um artigo da Constituição, ainda mais um artigo referente aos direitos políticos, classificados dentro dos direitos e garantias fundamentais?

Questão de tempo

Osmar Serraglio reassumiu o mandato de deputado federal e pôs a roda para girar. Rodrigo Rocha Loures voltou para a suplência, o que lhe tira o foro privilegiado. A PGR pediu a sua prisão pela segunda vez. E agora, Fachin?

Questione-se o mito

Paulo Freire foi por anos a referência incontestável da educação brasileira. Unanimidade que ignorava uma série de ideias indefensáveis do educador, apoiadas em seu principal livro, Pedagogia do Oprimido. Gabriel de Arruda Castro aponta as cinco mais inexplicáveis.

Chi-Chi-Chi! Le-le-le!

Olhar além do método Paulo Freire permite encontrar exemplos educacionais mais eficientes a não muitos quilômetros daqui. Com mensalidade nas universidades públicas e vouchers para escolas particulares, a educação chilena tornou-se a melhor da América Latina.

Populismo mata

Carlos Orsi relata outro caso em que o poder público brasileiro meteu os pés pelas mãos: fosfoetanolamina. A pílula do câncer foi aprovada pelos políticos, mesmo com indicação contrária de toda a comunidade científica, na maior vergonha da ciência brasileira em décadas.

Operações made in PR

O ministro do Supremo, Gilmar Mendes, suspendeu a ação penal aberta com base na terceira fase da Operação Publicano, aquela que apura desvios na Receita Estadual.

Outra operação que apura desvios no governo Richa, a Quadro Negro, levou ao renascimento de uma antiga autarquia estadual. A Fundepar assume a conclusão das obras em escolas pelas quais o governo pagou, mas não recebeu prontas. Um prejuízo de R$ 18 milhões.

Em Curitiba, oito pessoas foram presas preventivamente sob acusação de participar de um esquema de venda de alvarás da prefeitura de Curitiba para empresários. O ex-secretário de Urbanismo da gestão Gustavo Fruet, Reginaldo Cordeiro, foi conduzido coercitivamente, mas não é suspeito de participar do esquema.

Chegou a sexta-feira!

Então dê uma olhada no Guia Gazeta do Povo. Ele está voando baixo no celular. Zeca Balero faz show de graça. O Capital Inicial também vai tocar em Curitiba. Não é de graça, mas tem 30% de desconto no Clube Gazeta e periga você ter Sergio Moro como vizinho de poltrona.

A 24ª edição da Casa Cor começa domingo, no Jockey Club do Paraná. A revista Haus, que chega aos assinantes amanhã, encartada na Gazeta do Povo semanal, traz os ambientes com exclusividade. Para fazer o “cara-crachá”, quem tem Clube Gazeta paga R$ 33 na entrada.

Torcedor raiz, torcedor Nutella

Coxas e atleticanos não têm a menor dúvida de qual o melhor programa do fim de semana: Atletiba, amanhã, 16 horas, no Couto Pereira. Robson Martins analisa, posição por posição, quem é o melhor jogador dos rivais.

André Pugliesi dá um carrinho certeiro e desarma a fake news de que o clássico ser no horário da final da Liga dos Campeões é represália da Globo ao Atletiba do YouTube.

A decisão europeia, entre Real Madrid e Juventus, estará na tela da RPC e na telona de quatro salas de cinema de Curitiba.

Não deixe pra última hora

Se o seu destino for mesmo um shopping, fique atento às promoções para o dia dos namorados. Tem sorteio de jantar, carro de luxo e caricatura exclusiva do casal.

Eu vi no zap

É possível que tenha passado por algum grupo de família no whatsapp o vídeo de um recém-nascido caminhando sobre uma maca logo após nascer. O vídeo é uma graça, mas fez muita gente duvidar que fosse verdade. O Sempre Família tira a dúvida. E mostra o vídeo, claro. Para começar a sexta-feira em alto astral.

E amanhã tem a primeira Gazeta do Povo semanal. Fui!

Este resumo é publicado de segunda a sexta-feira, sempre às 6 horas, e atualizado ao longo da manhã. Também é enviado por notificação para quem tem o aplicativo da Gazeta do Povo no celular (Android ou iOS).

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