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As últimas semanas foram marcadas pela intensificação sem precedentes das ofensivas por parte dos grupos armados ilegais no leste da Ucrânia. A cada dia cresce o número dos bombardeios por parte dos terroristas.

Durante o período de 20 a 24 de janeiro, foram registrados mais de 400 casos de bombardeios às posições das forças armadas da Ucrânia e numerosos ataques aos assentamentos civis, movimentação de equipamentos militares russos e tropas nas regiões de Donetsk e Luhansk, bem como atividades terroristas e de sabotagem nas áreas de assentamentos, que fizeram vítimas entre a população civil. Só no dia 27 de janeiro foram registrados 126 ataques.

Os crimes cometidos pelos terroristas em Volnovakha, Donetsk, Debaltsevo, Mariupol e outras cidades contra os civis foram condenados duramente por parte da comunidade internacional. A reivindicação de todo o mundo civilizado é clara – os responsáveis por esses crimes horríveis devem ser punidos.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) confirmou que o bombardeio à cidade de Mariupol, que resultou na morte de 30 pessoas e em mais de uma centena de feridos, foi realizado a partir do território controlado pelos separatistas. O grupo terrorista que lançou o míssil na direção de Mariupol atacou deliberadamente a população civil, o que é uma violação dos direitos humanos.

A posição da Ucrânia é a de que os responsáveis por esses crimes não são apenas os terroristas, mas também aqueles que apoiam e financiam suas ações, em particular a Federação Russa. Em um comunicado divulgado em 27 de janeiro, os chefes de Estado e de governo dos países da União Europeia sublinharam as evidências do apoio crescente dos grupos armados ilegais pela Rússia em Donbas e salientaram a responsabilidade dela por isso.

Em reunião recente do Conselho de Segurança da ONU para tratar das agressões à Ucrânia, a maioria dos membros permanentes do Conselho expressou seu apoio à soberania e integridade territorial ucraniana, condenando a agressão russa e seu apoio às organizações terroristas em ação na Ucrânia. Na reunião pediu-se, mais uma vez, que a Rússia retire suas tropas e equipamentos e pare de apoiar os separatistas.

O conselho extraordinário da OSCE igualmente condenou o bombardeio a Mariupol e sublinhou a necessidade de cumprimento imediato dos acordos de Minsk, pré-requisito para que a onda de violência na Ucrânia possa ser revertida.

O mundo democrático condena a agressão russa contra a Ucrânia, assim como os brasileiros, e apoia a paz, a liberdade e a soberania ucraniana.

Fabiana Tronenko é embaixatriz da Ucrânia no Brasil.

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