Velhos problemas vêm à tona no Litoral paranaense (Gazeta, 23/1): falta de água, dificuldades no atendimento na área da saúde, servidores públicos deslocados para as praias com suas diárias em atraso, como no caso recente dos bombeiros, policiais militares e civis. O governo do Paraná responsabiliza algum "pequeno’’ problema burocrático, como no caso de falta de pagamentos e de profissionais; ou ainda transfere a responsabilidade exclusivamente à população, em relação à falta de água. Tudo isso é consequência de sucessivos governos que não se dispuseram a pensar o Litoral de maneira ampla. Os problemas serão sanados com um amplo projeto de desenvolvimento para a região, que seja construído com a participação da população local.

CARREGANDO :)

Vinícius Prado, historiador, especialista em políticas educacionais e morador do Litoral do Paraná

Operação Verão 2

Publicidade

Viajo, fico longe de minha família, tenho o duvidoso privilégio de pagar todas as despesas durante o serviço com recursos próprios. Não sei quando vou receber. Talvez, depois, veremos e amanhã são as palavras de ordem.

André Luiz de Almeida Figueiredo

Plano Diretor

Há rumores de que o novo Plano Diretor de Curitiba (Gazeta, 21/1) virá com inovações nada saborosas. Falo da cobrança de pedágio para adentrar ao Centro da nossa capital e rodízio de placas, assim como ocorre na cidade de São Paulo. A ideia seria diminuir o fluxo de veículos. Se essa proposição realmente passar pelo Legislativo e for, na sequência, sancionada pelo Executivo, peço ao povo de Curitiba que analise os seus posicionamentos na hora de depositar seus votos futuros.

Neilor Liberato

Publicidade

Polícia cidadã

Buscamos o ideal da polícia cidadã, aquela que segue normas de conduta previstas nos procedimentos de abordagem policial. Infelizmente, o que vemos hoje, por falta de efetivo, equipamentos e valorização, é que o Estado fomenta a truculência como forma de manter a ordem – e não a lei. Temos muito a evoluir.

Carlos Noetzold

Jovens e a política

O jovem deve ser convencido de que não é apenas o futuro da política. Também é o presente. Pode votar e ser votado. Devemos ainda conscientizar a juventude do seu papel na política, que é o de trazer novas ideias para o debate. É preciso mostrar a força que ela tem de mobilizar as pessoas e fazer com que elas lutem em prol de seus ideais.

Publicidade

Mateus Barreto de Oliveira

Passeio de trem 1

E o trem da Serra do Mar completa os seus 130 anos (Gazeta, 22/1). Muitos operários trabalharam para construir a estrada de ferro para milhões de turistas desfrutarem dos atrativos naturais. O que temos acompanhado desde a sua privatização, porém, é a depredação do patrimônio natural e físico dos paranaenses. Há mato que se acumula ao longo do caminho, lixo, casas improvisadas de moradores de rua, pontos de droga etc. De quem é a responsabilidade: governo, prefeitura ou das empresas responsáveis? Um repassa a responsabilidade para o outro e quem perde é a população, os turistas e a natureza. Liliane Gonçalves Bachmann

Passeio de trem 2

A estrada de ferro Curitiba-Paranaguá é uma das mais bonitas do Brasil. As operadoras dos trens turísticos e de carga – bem como órgãos responsáveis pela fiscalização – devem zelar por sua manutenção e melhoria. Trata-se de um bem turístico e comercial.

Publicidade

Márcio Anacleto

Passeio de trem 3

Pode ser um belo passeio, mas o preço é realmente de assustar. Por que é tão caro? Moro há 15 anos em Curitiba e nunca tive coragem de investir tanto dinheiro para passear de trem pela Serra do Mar.

Luciano Domingos Bruzetti

Impostos 1

Publicidade

Iniciamos o ano de 2015 com aumentos diversos, mas apenas o contribuinte é punido. Não entendo como a presidente permite aumentos salariais e dê vantagens aos que têm altíssimos vencimentos, como os magistrados e os políticos. Por que não se adota o corte de gastos desnecessários com cartões corporativos, proibição de viagens de funcionários e parlamentares em passeios intermináveis? A saúde está sem recursos e totalmente sucateada, o que deixa a população sofrendo e revoltada. A presidente veta e aprova leis que tiram ou diminuem benefícios de quem mais precisa.

Júlio José de Melo, Sete Lagoas – MG

Impostos 2

Equilibrar as finanças por meio de aumento de impostos é fácil. Quero ver fazer uma reforma fiscal e política, cortar os próprios salários e regalias. A constatação é óbvia: quando o governo reajusta os impostos, os gastos públicos aumentam na mesma proporção. Não acreditem que essa prática está associada ao ajuste fiscal, pois não está. Devemos dizer não ao aumento de impostos e sim aos cortes de despesas da máquina estatal.

André Renato Wenglarek

Publicidade

Impostos 3

Quanto maior a quantidade de dinheiro que o governo retira do setor privado, mais ineficiente fica a economia de um país. É notório que países com menor carga tributária crescem muito mais. No momento, o governo pode até pensar que está resolvendo alguma coisa, pois aumenta os tributos para tentar controlar o imenso déficit fiscal. Mas, no médio e longo prazo, os reflexos serão certamente desastrosos. O país produzirá cada vez menos e a qualidade de vida do brasileiro, em breve, irá piorar significativamente.

Ricardo Toseto Ciquelero

Impostos 4

O Estado jamais será a solução: ele é o problema e a âncora que segura a iniciativa privada, aquela que realmente produz. Tudo é taxado, burocratizado, amarrado, atrasado quando ele põe a mão. Precisamos desenvolver uma economia baseada na livre iniciativa e no livre mercado, com poucos impostos e mais tecnologia e produtividade. A receita de deixar o governo gastar à toa, e às custas da iniciativa privada, só traz o atraso.

Publicidade

Daniel Venturi

Dívida dos clubes

Por que não criam um grupo de trabalho para descobrir como essas dívidas foram criadas? Se por falta de gestão séria e competente ou se por outros fatores. Se for por falha de gestão, cada clube que pague suas dívidas num plano de renegociação, sem maiores regalias, dentro dos prazos que suas capacidades de pagamento permitam. Não me venham dizer que essas dívidas são da década de 1980. Muitos times trabalham sério; outros deixaram a bola de neve crescer e contratam profissionais com salários irreais.

Pedro Augusto Martins Loyola Jr.

Tribunal de Contas 1

Publicidade

Em relação à declaração de Ivan Bonilha de que o TC "nem sempre" irá aprovar as contas do governador, "nem sempre"? O Tribunal de Contas deve ser independente, profissional, sério, respeitado, e desaprovar essas contas sempre que for necessário.

Marco Santos

Tribunal de Contas 2

Penso que os Tribunais de Contas devem ser extintos. Seus conselheiros, mormente, são deputados com densidade eleitoral e indicados pelos seus pares da Assembleia Legislativa. Só assumem seus cargos com as bênçãos do Executivo. Representam alto custo aos cofres públicos para apenas aprovar as contas "com ressalvas". Se for só para isso, fiquemos com a Assembleia Legislativa e o Ministério Público. O último tem atribuições legais para levar adiante uma ação judicial por improbidade administrativa, ou outras punições.

Irineu Q. Santos

Publicidade

José Dirceu

Embora já esteja fora do presídio, mas ainda em prisão domiciliar, parece que o ex-ministro José Dirceu jamais se afastou dos "grandes negócios". Tanto é verdade que seu nome e seu escritório têm aparecido no noticiário. Estão em pleno andamento investigações que buscam provas de possíveis ligações suas com o megaescândalo da Petrobras. Está voltando à normalidade.

José Marques, São Paulo – SP

Ditadura militar

Sobre a investigação da Justiça chilena para saber se Pablo Neruda foi envenenado durante a ditadura, aqui, no Brasil, a Comissão da Verdade nem sequer tem apoio da população e do governo. Ainda penamos para extinguir a Lei da Anistia e punir os torturadores e assassinos da ditadura militar. As pessoas insistem em falar que quem se opunha ao golpe era terrorista. Os membros da resistência francesa não foram chamados de assassinos, pois se opunham ao autoritarismo. Aqui, temos uma inversão e as pessoas fizeram dos militares heróis.

Publicidade

Maurício Antunes Ariede

Lupicínio Rodrigues

Excelente a coluna na Gazeta (23/1) sobre o simples e genial Lupicínio Rodrigues. Cresci ouvindo as canções, absorvendo aos poucos e decifrando, até hoje, as histórias de um mundo real, de relações humanas, escritas e cantadas com maestria. O contato com a obra devo ao meu pai, que teve a oportunidade de conviver um tempo com o filho do compositor, Lupinho, numa saudosa Porto Alegre.

Saulo Bertoldo

Atentado em Paris 1

Publicidade

É preciso haver diálogo e tolerância entre as partes. Não vai haver paz enquanto qualquer um dos lados quiser impor seus pontos de vista. E o que vemos no mundo é cada vez mais violência.

Luís Hipólito Borges

Atentado em Paris 2

O mundo vive período de tensão religiosa. Tudo isso pelo atentado na França. Os cartunistas da Charlie Hebdo atuavam de forma sui generis, utilizando seu arcabouço técnico na linha do deboche sobre temas espinhosos. Muitos críticos conceituam o conteúdo da revista como imoral, desrespeitoso e não merecedor de consideração. Ainda assim, é genuíno permitir forma de manifestação tão heterodoxa. Em países livres, as pessoas – especialmente os muçulmanos – gozariam da mesma liberdade para desqualificar o periódico, demonstrando o baixo nível das publicações, se assim pensarem. O massacre na sede da revista reacendeu a interminável discussão a respeito da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão. Qualquer debate nesse sentido repousa, necessariamente, em três aspectos: a moral, a sociedade e a lei. Olhando por esse ângulo, não existe liberdade plena. Há sempre elementos limitadores que ora arrefecem o ímpeto dos comunicadores, ora os punem por crimes cometidos. Na sátira, contudo, é difícil constatar quando a brincadeira ultrapassa um desses limites. É uma linha muito tênue.

Gabriel Bocorny Guidotti, bacharel em Direito e estudante de Jornalismo, Porto Alegre – RS

Publicidade

Atentado em Paris 3

Em nome de Deus, muitas guerras aconteceram na nossa história e os terroristas matam inocentes. A tolerância à prática do culto religioso evitará os extremos e os extremistas que matam pensando agradar seu deus. É preciso ter liberdade com responsabilidade, pois o Ocidente tolera falsos profetas, que cultuam uma teologia da prosperidade e da retribuição material das coisas espirituais sagradas. Todos temos o direito de cultuar nossa fé dentro da ordem e do bom senso. Os cultos afrobrasileiros também devem ser respeitados. Quem ama não discrimina. A liberdade é fundamental para que as trevas não imponham uma religião fria. A pluralidade evita a uniformidade de opiniões. Dentro do princípio democrático, somos livres para acreditar e praticar a fé que busca o bem comum.

Paulo Roberto Girão Lessa, Fortaleza – CE

Parto

Existem decisões que devem tomadas pelo governo e outras que dependem da análise feita por profissionais especializados e com experiência na área considerada. Muitas vezes o governo inverte a ordem natural dos fatos, opinando sobre assuntos específicos, e surgem decretos, resoluções ou normas visando disciplinar determinadas situações. O resultado costuma ser desastroso. Um exemplo foi a tentativa de limitar o número de cesáreas. O doutor Dênis José Nascimento (Gazeta, 18/1) analisou com propriedade os vários aspectos do problema e mostrou que são os médicos, devidamente habilitados, que poderão decidir, em cada caso, se o nascimento deve ser por cesárea ou parto normal. Não há por que se discutir o custo de cada um desses procedimentos: o interesse deve estar voltado para se oferecer o melhor à parturiente e ao bebê que está nascendo.

Publicidade

Clotilde de Lourdes Branco Germiniani

Planejamento

O cenário ideal para os empresários é planejar o ano seguinte em agosto e setembro do ano anterior. Ou seja, o planejamento para 2015 já deveria ter sido fechado em setembro de 2014 e não no início do ano. Essa é uma prática realizada há anos pelas grandes empresas.

Rafael Tempo