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Solidarizo-me integralmente com o leitor Cid A. Carvalho, que na coluna de 11/2 citou o descaso e desrespeito ao contribuinte quanto à manutenção da iluminação pública em Pontal do Paraná. Igual a ele, eu tenho o mesmo problema em frente do meu apartamento, em outra rua no mesmo balneário Monções. A única diferença é que não falei com o secretário de Obras Públicas, mas com o supervisor responsável pela execução do serviço com o caminhão/eletricista da Copel, que consegui a duras penas "catar" nas ruas, e o resultado foi o mesmo. Nada foi feito! Além do IPTU, pagamos compulsoriamente (na conta da Copel que repassa ao município) uma taxa mensal de R$ 9,29 (ref. janeiro/06) por apartamento, que dá um total de R$ 668,88 por ano, para que – por motivos óbvios – a iluminação pública seja mantida funcionando. Se não o fazem, utilizam o dinheiro para outras coisas. Da mesma forma, que a prefeitura não venha me pedir para pagar esta taxa, pois a mesma é compulsória, não deveria o cidadão ter que pedir para que o serviço de manutenção fosse realizado. Em qualquer lugar do mundo é obrigação de quem cobra pelo serviço inspecionar periodicamente o sistema de iluminação e mantê-lo funcionando. Caso contrário, o contribuinte está sendo lesado. O que mais se pode fazer? Devolver para a Copel a responsabilidade pela manutenção da iluminação pública sem repasse da taxa cobrada, como era antigamente e funcionava bem.

Fernando M. M. Faria, engenheiro eletricistaCuritiba, PR

Timemania

Nesta semana está sendo noticiado que o Congresso irá aprovar um projeto cujo objetivo será lançar uma nova loteria destinada a arrecadar fundos para os "times de futebol". Como todo brasileiro também gosto de futebol, porém fico indignado com tais atitudes de nossos governantes. Enquanto lemos todos os dias notícias de hospitais fechando por falta de verbas, médicos e outros funcionários com salários atrasados, eles resolvem injetar dinheiro em empresas particulares sob o rótulo de times de futebol, cujo objetivo não é nada mais que a obtenção de lucros. Será que isso não seria prioridade ao invés de dar apoio financeiro a essas casas de saúde, que já são tão poucas e tão carentes de ajuda. O governo pode dizer que já existe a CPMF que todos pagamos e é destinada à Saúde, porém o que adianta se ela apenas substitui os recursos que já eram da Saúde e foram desviados para outras áreas. Conclamo os brasileiros a boicotar essa loteria, quem sabe dessa maneira o governo resolva se preocupar com o que realmente interessa, a saúde e o bem-estar do povo, e não de uma dúzia de cartolas.

Alceu Pereira Filho, professor/tradutorCuritiba, PR

Privilégios

Desde que comecei a ter entendimento das coisas da vida, eu escuto o bordão que, no Brasil, "algumas coisas são culturais". No momento, a minha indignação é com a cara de pau de um político dizer que mesmo que seja aprovada a norma que os obriga a trabalhar nas segundas e sextas-feiras, ele não trabalhará, porque diz que já é cultural no Brasil. Desde 1800 e tantos, políticos não comparecem à Câmara e ao Senado nesses dias. Eu gostaria de saber onde está escrito que isso é legal. Para mim é no mínimo imoral. Imaginem se esses políticos, sendo patrões, permitiriam que seus funcionários tivessem essa prática. O exemplo deveria vir de cima, uma vez que os nossos governantes são eleitos por nós e pagos com o nosso dinheiro. Já é uma afronta ao trabalhador, eles votarem os próprios salários, ficarem com o dinheiro extra "sem trabalhar", e somente uma minoria teve a decência moral de não receber. Imaginem que "vidinha mais ou menos" eles levam, tendo 55 dias de férias por ano, somando tudo, quantos dias de folga eles têm? Enquanto que qualquer trabalhador precisa trabalhar um ano para poder gozar de 30 dias. Essa classe que deveria estar lá trabalhando para melhorar a vida do povo, só pensa em legislar em causa própria, virando as costas para quem o elegeu. Claro que não podemos generalizar, pois nós conhecemos os bons políticos: que são poucos. Por favor, senhores políticos, façam alguma coisa para moralizar a classe, votando com urgência uma reforma política digna, para serem lembrados como pessoas trabalhadoras e não como um mero "político turista acidental". É bom saber senhores, que os tempos estão mudando. Essa massa que quer calar está acordando rápido e prestando muita atenção nas posturas e atitudes dos seus futuros candidatos às próximas eleições. Afinal de contas, ser honesto e trabalhador é que deve ser normal, pois ser honesto não dói e para o trabalho não tem contra-indicação, isso para quem tem caráter!

Débora de Figueiredo Neves Borba, professora aposentadaCuritiba, PR

Zoom

Como assinante e leitor deste conceituado jornal, que é um dos orgulhos de todos nós paranaenses, queremos cumprimentar-lhes por ter em seus quadros a colunista social Margarita Sansone, que assina a Coluna Zoom semanalmente. Ela, de forma dinâmica, consegue dar o destaque local, nacional até mesmo global, principalmente no que diz respeito a cultura, lazer e qualidade de vida. Outro mérito da colunista é a sua forma cívica de mostrar os descasos, principalmente no que diz respeito à nossa cidade quando algo não vai bem. Nesta semana, ela citou a poluição visual na Rua XV com Oliveira Belo, na Boca Maldita: os engradados de cerveja sobre o telhado, entre restos de esquadrias antigas, muito parecido com o que foi mostrado, dia 12/2, na Gazetilha no antigo Paço Municipal pelo repórter fotográfico Jorge D. Filho, com várias carroças em frente e um depósito de lixo ao entorno. Como estamos em tempos de Amop e Cop, esses alertas ajudam o poder municipal na sua limpeza e conservação.

José Pedro Naisser Curitiba, PR

Cruz Machado

Felicito a equipe da expedição "Coração do Paraná" do fotógrafo Orlando Azevedo que comanda importante projeto cultural destinado à apreciação do rico patrimônio, às vezes recôndito, desses imensos confins paranaenses. A matéria de ontem (11/2/06) aqui publicada, emocionou-me profundamente com a instigante história polonesa da colônia Cruz Machado, pois meu bisavô Antiocho Pereira, citado no artigo, farmacêutico diplomado no Rio de Janeiro, conteve e extinguiu, com garra e vasto cabedal, o surto de febre tifóide responsável pela mortandade dos afetados colonos. Recebeu uma condecoração da República Polonesa vinda em 1937, reconhecimento sincero à sua imprescindível atuação diante daqueles episódios. Nascido em Paranaguá (15/10/1881), filho do republicano Fernando M. Simas e da veneranda senhora Escolástica Pereira Alves (D. Corasinha), saiu desta capital no início de 1911, já casado, dirigindo-se emergencialmente àquela colônia que clamava socorro. Posteriormente transferiu-se para União da Vitória e Porto União, onde ostentou destaque social e político, consagrado por cultura e retórica notáveis. Ainda solteiro e recém-chegado do Rio, morava na atual região da Boca Maldita junto de seu tio Cypriano Marques.

Fabio Furtado PereiraCuritiba, PR

Licença para matar

Não é uma alusão ao filme de James Bond e sim à decisão do pleno do TJ-SP, que garantiu impunidade ao coronel Ubiratan Guimarães, o qual, usando o pretexto de cumprir com o seu dever, comandou o massacre de 111 pessoas que se encontravam sob a custódia do Estado. Além de não ter havido nenhum outro julgamento que punisse os outros assassinos deste episódio ainda se atribui incompetência aos cidadãos que decidiram pela condenação do insano agente da lei. A pergunta que nos resta é, até quando a sociedade vai tolerar que a justiça atenda aos interesses de alguns poucos, se a legislação está errada e já é hora de se cobrar uma mudança!

Julio C. A. Fróes, administradorCuritiba,PR

Pró-multas

Chamo a atenção da prefeitura pela mudança efetuada no sentido do trânsito da Rua Fernando Simas para beneficiar um colégio. Os motoristas que circulam neste local não sabem o que fazer, primeiro, com a quantidade de placas colocadas no local; e, segundo, o que fazer quando o sinaleiro está aberto para o trânsito na Rua Fernando Simas, que é mão única, e na Rua Júlia Wanderlei o trânsito é mão dupla. Resultado: motoristas perdidos sem saber o que fazer e multas para os contribuintes.

Luiz Mário SchereiberCuritiba, PR

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