Maioridade penal

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A discussão sobre a redução da maioridade penal em votação no Congresso – embora elogiável sob os pontos de vista jurídico e institucional – nada resolve na prática. O crime organizado apenas vai “baixar a régua”. Se antes recrutava jovens com menos de 18 anos, agora vai aliciar aqueles que ainda não completaram 16 anos.

Ousadia

A ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do STF, está fazendo um papel muito importante ao mexer com os nossos brios. Foi assim quando disse que “nós, brasileiros, precisamos assumir a ousadia que os canalhas têm”. A política funciona muito bem sob pressão popular – e isso precisa ficar claro. Quando o povo compreender a força que tem, não tenho dúvidas de que a vida política de quem exerce cargos eletivos será muito mais fiscalizada.

Eduardo Cunha 1

No Estado Democrático de Direito, no qual o Brasil se enquadra, todos são inocentes até que se prove sua culpa – na forma da lei. Se o deputado Eduardo Cunha e os demais erraram, devem pagar por seus erros. Mas é totalmente descabido o fato de o PT – partido que comanda a Petrobras há 12 anos – não ter deputados indiciados pelo procurador-geral da República. Rodrigo Janot deveria ter indiciado todos os réus do núcleo político ao mesmo tempo.

Eduardo Cunha 2

Eduardo Cunha, que ocupa o segundo cargo mais alto da República, foi atingido gravemente pela denúncia de corrupção. Dificilmente a oposição ao governo Dilma vai mantê-lo após a entrega das denúncias da PGR ao STF. O PT não tem nenhuma culpa direta por tudo isso, mas comprova o acerto de sua política de autonomia e fortalecimento das entidades investigativas.

“Busão Sem Abuso” 1

A campanha “Busão sem abuso” foi uma boa iniciativa para tentar amenizar os casos de violência contra as mulheres no transporte coletivo. Acredito que esses atos surgem do machismo, ainda bastante presente no pensamento de muitos homens. A partir dessa iniciativa, as mulheres deixam de ter vergonha, medo e constrangimento de reagir às agressões sofridas.

“Busão Sem Abuso” 2

Mesmo com campanhas como a “Busão sem Abuso” e políticas públicas, a violência contra a mulher continua a ocorrer. Seria ilusório dizer que, por meio dessas ações, a cultura machista em sua totalidade seria dissipada. Ainda existem muitas situações que precisam ser mudadas. Não bastar criar coragem na mulher para denunciar um abuso, deve haver uma correspondência positiva com a sociedade – a tolerância, a liberdade de expressão e, sobretudo, o respeito. Nós, mulheres, não somos obrigadas a aceitar essas condutas abusivas seja no trabalho, na universidade ou na rua.

Greve da UFPR

Os técnico-administrativos da UFPR trabalham além do limite da falta de estrutura e ainda enfrentam a dificuldade de entregar diplomas aos formandos. A estrutura parece ser a mesma de 104 anos atrás.

Descriminalização das drogas 1

Associações médicas e psiquiátricas são unânimes em dizer que não há evidência científica ou histórica que mostre melhoria alguma com a legalização da maconha. Segundo elas, a dependência é doença crônica. As entidades são contra a descriminalização. Mas parece que juízes e ministros querem mudar a lei de acordo com a cabeça deles.

Descriminalização das drogas 2

Independente do resultado do julgamento da descriminalização das drogas para consumo próprio no STF, discordo dos argumentos e da nota divulgada pelas entidades médicas em que se colocam contra a medida e ainda afirmam que o resultado prático seria o aumento do consumo e a multiplicação de usuários. Esse posicionamento contraria dados concretos de países que tiveram diminuição no número de usuários ao legalizar ou descriminalizar o uso de drogas. Pergunto se concordariam com a criminalização do álcool e do tabaco também?