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Engraçado, o advogado Joel Santos Filho que filmou o corrupto dos Correios e revelou para o mundo Roberto Jefferson nunca ter tido nenhuma condecoração. Ao contrário, foi preso (matéria de 14/10). Ora, se a prova que ele coletou foi assim tão ilegal (o filme da mão pegando aqueles R$ 3 mil), como é que com base nessas provas ilegais caíram ministros, cassaram deputados, caíram diretores de Furnas, Correios, IRB etc.?

Roger FilhoCuritiba – PR

Mensalão 2

O que é estranho e surreal em todo esse episódio do mensalão (entrevista de 14/10) é que o único preso até agora foi exatamente o advogado que filmou Maurício Marinho com a boca na botija. Interessante prenderem exatamente quem denunciou tudo, quem fez Bob Jefferson sair da toca e denunciar seus parceiros. Queria saber se é praxe prender quem coleta prova material de corrupção, ou se mexer na casa do rei é crime?

Jane MedeirosCuritiba – PR

Mensalão 3

A impressão que se tem é a de que não se pode denunciar absolutamente nada. Tudo começou com o herói que teve a coragem de constituir prova material no episódio dos Correios (texto de 14/10). Não fosse o advogado Joel Santos Filho, nada teria acontecido. Roberto Jefferson não teria denunciado nada, assim como Buani, Francenildo, demais caseiros, motoristas e jardineiros. Proponho ao menos o reconhecimento pelo efeito de suas ações. Acho que o PT perdeu a grande chance de fazer isso, pois, desqualificando quem denunciou a corrupção dentro dos Correios, assinou a confissão de que esta realmente existiu, como está demonstrado no relatório do Ministério Público.

Regina BandeiraCuritiba – PR

Drogas

Ao se legalizar o uso das drogas, pessoas que não consomem começarão a fazê-lo. Infelizmente, uma grande maioria de brasileiros é desinformada e acha que legalizar as drogas é uma boa solução. Um dos principais motivos dos que defendem a liberação é a diminuição da violência e do poder dos traficantes. Nesse caso, a sociedade estaria cometendo homicídio, pois seria como se falar para a população mais desinformada: "pode consumir, está liberado". Quanto aos impostos gerados, provavelmente esse dinheiro (que não é pouco) não chegaria ao governo por conta da corrupção. Por esses motivos, sou contra a legalização das drogas.

Fabrício CremaCuritiba – PR

Bullying

"Só uma sugestão. Já que estamos no Brasil, e nosso idioma é o português, recomendo que em vez de usarmos a palavra "bullying" usemos a verdadeira tradução, "intimidar covardemente". Deixemos a palavra "bullying" (artigo de 12/10) para os países aonde o idioma oficial é o inglês. No nosso idioma será bem mais fácil não errar na pronúncia e, ao mesmo tempo, estaremos respeitando o português, uma língua rica e linda."

Miriam MachadoCuritiba – PR

Transplantes

Referente à matéria "PR lidera transplantes cardíacos no Brasil" (6/10), gostaria de expressar que, mesmo não sendo natural do Paraná, fico feliz em saber que uma porcentagem significativa nos transplantes de coração feitos no Brasil é atribuída ao estado. Isso chama a atenção não somente para esse tipo específico de doação, mas também traz novamente a discussão da doação de órgãos e tecidos. Até nos cinemas há propaganda incentivando a doação. Não sei se a fila de espera pelo órgão está para acabar ou quanto tempo levará até que isso se torne real, mas, se o estado continuar nesse ritmo de transplantes, creio que uma nova meta possa ser atingida. O Paraná pode ser o primeiro estado a acabar com a fila de espera. Com a consciência das pessoas mudando a cada nova campanha, o cenário atual muda, mesmo que lentamente.

Douglas Silva LuzCuritiba – PR

Circo

Até que enfim alguma atitude de verdade foi tomada. Fiquei feliz quando li a notícia da proibição de animais selvagens e domésticos em circos. O Cirque du Soleil, por exemplo, pode comprovar que um grande espetáculo de arte é criado pelo homem, e não por animais. Espero que seja aplicada uma multa rigorosa aos que forem pegos com essa atitude novamente, e que finalmente se dê um basta aos maus-tratos aos animais.

Natalie RosaCuritiba – PR

Trânsito

No dia 10/10 li na Gazeta que no Brasil morrem perto de 35 mil pessoas por ano em acidentes causados principalmente pelo uso abusivo do álcool. Ao ler isso, me perguntei: onde estão as autoridades? Estão na Câmara ou no Senado, acusando ou sendo acusados em casos que, sabemos, não darão em nada. Viajo de carro semanalmente e o que vejo nas estradas é uma verdadeira guerra, todos sabem da impunidade e, por isso, não respeitam nada nem ninguém. Nosso código penal é jurássico. Até quando vamos simplesmente contar corpos?

Luiz A. de AlmeidaCuritiba – PR

Sociologia

Brilhante a mensagem de Alcione Prá (8/10). Nem vou discutir da importância da matéria nos dias de hoje,vou discutir porque o irmão do governador no qual votei e voto não a colocou no edital do concurso. Sabemos que professores das áreas mais estranhas e diferentes da sociologia têm ministrado aulas nas nossas escolas estaduais. Sabemos que o sociólogo, embora tenha tido nos seus quatro anos de faculdade Geografia e História, inclusive com licenciatura, não pode fazer o concurso nestas matérias. Vai lhe restar o quê? Esperamos duas coisas: primeiro que a reportagem da nossa Gazeta sobre os livros e ideologia não tenham influenciado em nada no edital; segundo, imploramos que nosso governador reveja o tema. A Sociologia explica a vida social sobre todos os prismas.

Rodrigo Drula Lacerda, sociólogoCuritiba – PR

Litoral

Acompanhando o debate necessário sobre o nosso litoral, tenho algumas considerações a serem feitas. Tenho casa em Betaras e lá, igual Caiobá, também sentimos a falta do poder público. No entanto, resisto a mudar-me para Santa Catarina. Caiobá de fato está abandonada, mas temos de ter em vista um processo autofágico que houve na Praia Mansa, onde acabou sendo um lugar de acesso praticamente restrito aos moradores, criando um "feudo". Ora, andando por Santa Catarina você não encontra praias "particulares" financiadas com dinheiro público. É necessário de fato um movimento para revitalizar nosso litoral, que, se não é o melhor, é nosso. Há que se ter a dimensão dos próprios erros.

Ricardo Romanelli Filho, empresárioCuritiba – PR

Guerra no trânsito

A tragédia em Santa Catarina não pode ficar apenas nas estatísticas dos acidentes de trânsito ou na busca de culpados, além daqueles que estavam dirigindo seus "possantes" caminhões e provocaram os acidentes. É inaceitável que todos os dias, em diversas regiões do território nacional, famílias continuem chorando a perda de seus entes queridos na guerra insana que se propaga em nossas ruas, avenidas e rodovias. É necessário que as pessoas não se omitam, mas se unam e assumam a luta por um trânsito melhor, mais responsável e humano.

Irene Grockotzki, professoraPinhais – PR

Idioma

Existe uma concepção um tanto exagerada de que a língua portuguesa está sendo corrompida através da incorporação de palavras oriundas do inglês. O vernáculo português, falado há 500 anos por aqui, adquire uma postura de vítima perante defensores olvidados do pouco divulgado holocausto indígena. O processo selvagem de colonização, além de ter ceifado milhões de vidas no continente americano em nome de uma pretensa cristianização de pagãos, extinguiu quase por completo as milenares línguas ameríndias, entre elas o tupi-guarani. Vale ainda lembrar: a língua humana é composta por tecido muscular. Isto permite a ela uma fascinante adaptação perante um mundo em rápida transformação. Caso os eventos humanos fossem estáticos e de pouquíssimas mudanças, a natureza provavelmente teria elegido algum tipo de tecido ósseo.

Paulo Abrahão, advogadoCuritiba – PR

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