• Carregando...

Aqui em Curitiba e, de modo generalizado, nas demais regiões do Brasil, essa contratação de parentes de servidores sem concurso público, denominada nepotismo, é um fato real, legitimado pelos coniventes. É preciso maior combate e todas as instâncias da sociedade precisam fortalecer a oposição a essa prática vergonhosa. A população que acompanha as manobras políticas agora não pode fazer muito, mas se esbravejar, denunciar e não compactuar já estará saindo da inércia, do conformismo. Sinto um verdadeiro desprezo pelas gerências das instituições públicas que arrumam estratégias à manutenção dessa prática infame. Fico me perguntando: quem conseguirá segurar essa onda de despudorada vilania presente nas câmaras municipais, assembléias legislativas e no Congresso Nacional? O desrespeito para com as instituições, o mau uso do dinheiro e do aparato, municipal, estadual e federal é acintosamente escancarado; que coisa abominável! Na condição de eleitores, o que façamos com o nosso voto nas urnas é extremamente relevante, e se rebatermos os oportunistas que pretendem a reeleição, faremos valer o respeito ao qual merecemos. Caso contrário, toda a sorte de mazelas políticas, como apadrinhamento no serviço público, desrespeito às práticas de cidadania e manutenção do" bem-bom" aos políticos, auferido com a vitória nas urnas, será a nossa recompensa – e que ninguém fique depois lamuriando... Tomara que a Gazeta do Povo continue arregimentando informações aos leitores e cumprindo o papel que lhe cabe como disseminadora do pluralismo informativo – essa prática saudável que fideliza leitores à mídia impressa.

Doralice Araújo, professoraCuritiba, PR

Febre aftosa

Os abates dos 6, 5 mil animais condenados pela doença em nosso estado, que têm um alto custo tanto ao Paraná quanto à União, poderiam amenizar a fome de diversas pessoas, já que a doença nao causa nenhum dano ao homem. Ao invés de se ter prejuízos poderiam ter usado os animais para servir de alimento à população carente.

Taciana Rodrigues de Oliveira, universitáriaCuritiba, PR

Combustível

O deputado que recebeu R$ 174.500,00 como verba para combustível no trimestre gastou R$ 58.166,00 por mês, o que dá R$ 1.938,00 por dia, cujo valor pode pagar aproximadamente 800 litros de gasolina. Onde será que foi consumido tudo isso? Não somos idiotas como muitos políticos podem pensar. Alguns deles é que são safados mesmo. Mais safados são os que autorizam a liberação de tais verbas. Ou não sabem fazer contas, ou recebem mensalão de cada político favorecido, o que é mais provável. Temos que tomar uma acertada posição nas próximas eleições.

Orlando Ferrarini, corretor imobiliárioCuritiba, PR

Política é arte

Independentemente de ideologia, legenda ou nome, chega de omissão! A culpa é nossa, muitos não fazem política, porque não gostam, mas os que gostam continuam mandando, a vida é a arte e plenitude da política desde a existência seja com seu vizinho, no seu trabalho e no seu lazer ou até pela sobrevivência, sua vida depende da política, seu salário e sua segurança, precisamos participar mais das coisas, da reunião do condomínio, da escola de seus filhos, da assembléia de seu sindicato, da audiência pública de seu município, porque só assim sua rua, sua quadra, seu bairro, sua cidade, seu estado e seu país podem mudar. Existe uma necessidade de a sociedade organizada estar mais próxima e cobrar dos representantes ações e projetos para o desenvolvimento do estado e da nação, independentemente da categoria ou segmento econômico que represente patrão ou trabalhador. Pois só assim eles políticos vão nos respeitar, do contrário continue ausente porque vai continuar piorando, já que a estatística de que 90% da população não conhece ou nunca visitou o parlamento municipal, estadual e federal ou a sede do Executivo é o reflexo de que vivemos hoje, experimente mandar uma carta, um e-mail ou vá fazer uma visita, aí você irá ver se é importante ou não sua fiscalização e existência, principalmente o voto.

Fabio Aguayo, agente sindicalCuritiba, PR

Racismo

Congratulo-me com a Gazeta do Povo por estampar na primeira página a notícia sobre o racismo ocorrido na UFPR. Como pós-doutora em preconceito, saberes e práticas escolares, professora da disciplina de mesmo nome do mestrado e doutorado em Educação desta mesma instituição de ensino, gostaria de enaltecer mais uma vez o Centro Acadêmico Hugo Simas, marco de atuação democrática da história desta que é a mais antiga das universidades do Brasil. Gostaria, entretanto, de lembrar, no intuito de aprofundar nossa discussão, que no Curso de Direito da UFPR, cuja seleção no vestibular é das mais elitistas, foi possível que um professor (a despeito de toda a legislação existente no país!) fizesse tal afirmação; que nenhum dos alunos se manifestasse de pronto; que apenas uma aluna com descendência negra tomasse a atitude de pedir ao professor que se desculpasse. O que isso nos aponta? Como pesquisadora que tem trabalhado com o preconceito, inclusive no âmbito do ensino superior, penso que o que vemos é que nossa realidade – a da elite (pelo menos intelectual) que pode trabalhar e estudar na Universidade Pública, é extremamente preconceituosa e acostumada com a "naturalidade" com que o "privilégio branco, rico, masculino, católico..." se reproduz em nossas relações sociais. Luto e sonho pelo dia em que possamos nos indignar, independentemente de quaisquer relações que tenhamos com as vítimas da discriminação, e responder com firmeza contra toda a injustiça. Penso que este fato, de cunho extremamente pedágogico (especialmente pelo significativo número de assinaturas no documento enviado à Coordenação do Curso pelos alunos), ele mesmo resultado de intensa luta social, é um importante avanço nesta batalha que é de todos nós.

Tânia Baibich Faria, professoraCuritiba, PR

Cultura

Acertou um dirigente do INSS ao dizer que as filas são um problemas cultural. São sim. Tivesse o eleitorado cultura não reelegeria políticos que, anestesiados por tantas facilidades, nada fazem pelo povo simples. Quando ou-tubro chegar teremos eleições. O tempo é pouco para se conquistar cultura e conhecimento, mas a nossa insatisfação é grande a ponto de fazer uma limpeza nas casas de lei do país.

Albano Gonçalves, autônomoCampo Largo, PR

*****

As correspondências devem ser encaminhadas com identificação, endereço e profissão do remetente para a Coluna do Leitor – Gazeta do Povo, Praça Carlos Gomes, 4, CEP 80010-140 – Curitiba, PR. Fax (041) 3321-5472.

E-mail leitor@gazetadopovo.com.br.

Em razão de espaço ou compreensão, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal se reserva o direito de publicar ou não as colaborações.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]