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Tenho acompanhado a celeuma em torno do piso salarial dos professores e da ação proposta pelos governadores contra o tal piso. Li a notícia de que o governo estadual está propondo um salário maior do que o piso (Gazeta, 14/11). O distinto público acaba por não entender o motivo da ação judicial, tendo em vista que o salário dos professores já seria maior do que o piso. É preciso esclarecer as verdadeiras razões da atitude do governo. A propósito, uma boa dica é a redação da lei que determinou o piso. De fato, os professores da ativa ganham mais, pois recebem uma gratificação para transporte, já os aposentados, como não estão mais em sala de aula e não dependem de meios de locomoção, não recebem a verba. Caso o valor sugerido pelo governador seja implementado como "piso", as gratificações, como quinqüênios, por exemplo, passarão a ser calculadas com base nisso?

Evaldo J. Magalhães, por e-mail

Ilha do Mel

Com respeito ao artigo sobre a Ilha do Mel (Gazeta, 11/11), gostaria de lembrar que já existe um decreto sobre a ocupação da ilha, provavelmente do governo Alvaro Dias, que reporta entre outras barbaridades inconstitucionais a mesma barreira de não-transmissão de imóveis. Seria importante convencer nosso atual governador da importância de um sistema de água e esgoto. Concordo que todos devem pagar impostos, principalmente os que ocupam lotes e nada pagam, entretanto, o mais importante seria que tais valores fossem revertidos em benefícios. A realidade atual é de parcial abandono, com trilhas malconservadas e o trapiche tendo de ser restaurado pela iniciativa privada. Seria muito bom se o governo do estado analisasse com seriedade a situação da ilha e realmente tomasse atitudes pertinentes.

Angelo Ziliotto, por e-mail

Discriminação

Neste ano meu filho irá prestar vestibular para o curso de Publicidade na UFPR. Das 30 vagas disponíveis, 12 são para as cotas de negros e de alunos do ensino público. Sobram somente 18 vagas a serem disputadas pelos demais, que foram discriminados pelo sistema. Todos devem ser tratados como iguais nos seus direitos. Por que o privilégio das cotas? Isto não é justo. Que se resolva o problema pela causa e não pela discriminação ou distinção de raças e classes. Os Estados Unidos deram provas de uma democracia ao eleger um presidente negro sem nenhum privilégio, enquanto aqui estamos voltando atrás.

Wellington Matta, por e-mail

Crise

Para discutir a crise financeira que afeta o mundo existem organizações nacionais e internacionais, já empenhadas na tarefa. O governador Roberto Requião deveria se ater às soluções das "crises" que afetam a educação, a saúde, a segurança e a habitação do Paraná. Para tal, deveria fazer uso dos recursos do erário estadual, não avançando, para bancar seus planos megalomaníacos, nas economias da Copel, da Sanepar e da Paraná Previdência, cujos fundos se destinam a bancar as pensões e aposentadorias do funcionalismo público.

Ivani Omura, por e-mail

Estágio

Fico perplexo ao ver como as empresas que contratam estagiários estão dispensando os estudantes alegando que precisam de um tempo para se adequar à nova legislação. Nos parece que com a conquista de direitos esses encargos pesaram no bolso dos empresários que não observam com bons olhos nenhuma vantagem para os "escraviários" que agora passam a ter jornada, salário e férias estabelecidos em lei (Gazeta, 10/11). Já se passaram muitas décadas desde que fui estagiário, mas o tempo não apagou a mentalidade de algumas empresas que continuam vendo nessa modalidade de trabalho oportunidade de mão-de-obra barata e sem encargos.

João Guilherme Cicarelli, Curitiba-PR

Licença-paternidade

Acho essencial o contato da criança com os pais nos primeiros dias de vida. Nessa fase, os pais estão se adaptando ao filho(a), conhecendo e descobrindo suas vontades. Para isso, é preciso tempo para os dois. Na minha opinião, a licença-paternidade deveria ser de pelo menos um mês.

Raquel Stelle, por e-mail

Bosque x aeroporto

Por que sacrificar árvores adultas e sadias? O bom senso, a virtude e o equilíbrio estão no meio-termo. Se o limite de altura na região para operação segura do Aeroporto do Bacacheri é de 12 metros, que se podem as árvores que ultrapassam essa altura. Definido o limite de 12 metros, todas as árvores menores serão preservadas, mantendo-se um programa de podas periódicas. Com relação à operação noturna do aeroporto, que se instalem torres com iluminação compatível no local. Por que radicalizar? É fundamental conservarmos a natureza. Que prevaleça o bom senso.

Andréa R. Galvão, Curitiba – PR

Trânsito

Como resolver os males do trânsito só com a gentileza de poucos? Fala-se em indústria de multa, mas ela parece muito incompetente. Pela quantidade de "matéria-prima", sua produtividade deveria ser bem maior. Experimentem anotar todas as infrações de trânsito vistas em um único cruzamento de Curitiba. Nem com taquigrafia se consegue! Com os vidros escurecidos, não estão nem usando cinto de segurança. Será que alguém que não se preocupa consigo o fará com outros?

Casemiro Urbano, por e-mail

Agressões

Quero parabenizar a equipe pela excelente matéria "Agressões viram rotina nas perícias" (Gazeta, 10/11). É um absurdo o que acontece neste país: as pessoas que realmente estão doentes não conseguem o auxílio-doença e quem finge estar depressivo está há mais de um ano recebendo. Vi pessoas saírem dos consultórios em prantos com um ferro na perna e o perito a declarar que a pessoa estaria apta para o trabalho.

Ana Maria Braga, Curitiba – PR

Metrô

Eu não sei se é possível fazer o metrô subterrâneo em Curitiba devido aos vários rios que cortam a cidade. Já o metrô de superfície tem seus prós e contras. Favorece-nos com rapidez no transporte de passageiros, conforto, segurança, mas divide a cidade ao meio, aumenta a poluição sonora e acaba com a estética. Temos de pensar bem na solução, mas lembremos que o metrô não deixa de ser uma evolução para o bem das pessoas.

Pedro Primitivo, Curitiba – PR

Lixo

Ao mesmo tempo em que vemos a preocupação pelo lixo indevidamente colocado nas calçadas, atrapalhando a passagem de pedestres (Gazeta, 12/11), vem a pergunta: de quem é a calçada? Sabemos que a conservação e a obrigação de disponibilizar e manter o espaço livre das calçadas é do proprietário do imóvel. Sugiro uma visita da reportagem ao Batel, onde uma lanchonete recém-inaugurada se outorgou o direito de uso exclusivo da calçada, tendo inclusive construído uma divisória de ferro, demarcando o "seu" território. Pela presença de postes de sinalização, a passagem fica dificultada até para pessoas normais. Imagine-se então o que isso representa para alguém que viva em cadeira de rodas.

Guilherme Queiroz, por e-mail

Buracos

Concordo plenamente com o leitor Sérgio Vicentin (Gazeta, 10/11) para mudar o nome do Boqueirão para Buracão. Não só esse bairro está no esquecimento, mas o Xaxim, o Hauer e adjacências. Gostaria de obter uma posição da prefeitura em relação à pavimentação de antipó com idade vencida, de mais 25 anos. No dia 8 o pneu do meu carro estourou em um desses buracos. Quem paga a conta? Ah, se todas as pessoas resolvessem entrar com um processo contra a prefeitura.

Cezar Augusto Pedruzzi, por e-mail

Fúria

O estado de espírito extremamente belicoso que está dominando todos os brasileiros é sentido com precisão no caso da depredação feita por alunos de uma escola pública em São Paulo. O brasileiro está revoltado com a crescente dificuldade de se viver com um mínimo de dignidade e a vergonhosa impunidade que é solenemente ignorada pelas autoridades e até mesmo estimulada, no estilo farinha pouca meu pirão primeiro. Atentem bem, se numa dessas vergonhosas filas que temos de enfrentar no nosso dia-a-dia alguém gritar "quebra", todo mundo vai sair depredando tudo que puder, num vandalismo desenfreado.

Geraldo de Paula e Silva, por e-mail

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Praça Carlos Gomes, 4 • CEP 80010-140 – Curitiba, PR Fax (041) 3321-5129

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