A função de magistrado é importante porque a ele é dada a competência da aplicação das leis que corrigem e direcionam o comportamento da sociedade. Entretanto, os juízes não podem estar acima de tudo e de todos. O argumento de que a magistratura deve ser valorizada para cumprir bem o seu papel, visto os escândalos de corrupção, também não convence. A corrupção não deixará de existir apenas pelo fato de o servidor ganhar mais ou menos. É uma questão de caráter.

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João Candido de Oliveira Neto

Salários de juízes 2

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Não me parece desproporcional o salário dos nossos juízes. Nós, advogados, sabemos da tragédia que se abate sobre o Judiciário nacional em razão da absoluta falta de estrutura e do excesso de serviço. Juízes não são super-heróis. São obreiros que recebem trabalho com metas a atingir muito além de suas forças. Portanto, merecem centavo por centavo do que recebem.

Gilberto Grácia Pereira, advogado

Salário de juízes 3

Não consigo decidir se o deboche do valor pago a um magistrado no Paraná – sem contar os "penduricalhos" – é proveniente da disparidade com relação ao salário da maioria dos brasileiros, ou se o deboche fica por conta da justificativa do TJ-PR, segundo o qual as remunerações "têm o devido fundamento legal." É inadmissível que um magistrado que, teoricamente, está a serviço da Justiça e do bem-estar social compactue com isso.

Marcelo Rebinski, historiador

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PMDB

Esses deputados que lançaram campanha contra a candidatura de Requião (Gazeta, 28/7) não estão pensando no futuro do PMDB, até porque eles não apresentam nenhum projeto, nem nome de liderança para o partido. Se estão convictos de sua atitude, não seria mais ético que deixassem o PMDB e se filiassem ao PSDB ou ao DEM?

Acir da Cruz Camargo, Ponta Grossa – PR

Precatórios

Sobre a coluna de Celso Nascimento a respeito dos precatórios (Gazeta, 24/7), comprometer-se é uma coisa, pagar o que deve há dezenas de anos é outra. Muitos donos dessas ações foram desta para a melhor, isto é, envelheceram e faleceram esperando receber os precatórios a que tinham direito. Esperaram que os governos anteriores pagassem, mas a vida passou e o direito de receber ficou sempre para depois. Apelamos mais uma vez: paguem, e depressa, o que devem!

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Dionisio Francisco Grabowski

Economia

Concordo em gênero, número e grau com o editorial "Reduzir e simplificar" (Gazeta, 29/7). Sem dúvida precisamos da presença do Estado em algumas áreas, mas precisamos nos perguntar qual é o tamanho do Estado que queremos. Essa é uma questão que os candidatos precisam responder: se estão dispostos a fazer as mudanças necessárias para que o país volte a crescer ou se preferem continuar a olhar para seus projetos pessoais, ideológicos ou partidários.

Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep)

Produtos

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Sobre o sumiço de alguns produtos dos supermercados (Gazeta, 29/7), o consumidor não sabe que quase todos os supermercados e redes cobram taxas que variam de R$ 1 mil até R$ 10 mil para que a indústria possa expor seus produtos nas gôndolas. Indústria que não consegue pagar ou que se recusa a pagar tem seus itens retirados. O consumidor tem de exigir as marcas que faltam e pressionar para esse abuso acabar.

Adilson Machado Adipa

Violência

Muito apropriado o artigo de Fabricio Rebelo "Violência se alastra no interior" (Gazeta, 29/7). O que mais deve nos surpreender e assustar é a completa ausência do Estado, tanto nas capitais quanto no interior. Não há uma política de Estado articulada com a origem da violência, ou seja, com a educação, o trabalho e a cultura para que possamos pelo menos sair da omissão diante de um quadro tão assustador. O crime organizado migrou para as cidades do interior do Brasil e a sensação é de que as autoridades não viram.

José Luciano Ferreira de Almeida

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Hospital de Clínicas

Já que o governo não tem capacidade de gerir financeiramente o Hospital de Clínicas, que está operando muito abaixo de sua capacidade por falta de pessoal e recurso financeiro, deixando à margem a população carente de atendimento à sua saúde, o óbvio seria a adesão à Ebserh, mantendo então parceria público-privada, em gestão compartilhada. Enquanto isso não ocorre, a população continua sofrendo. Que reduzam os gastos previstos para as eleições e injetem na saúde.

José Ademir do Vale Berthier Fortes

Futebol

Alguns dirigentes de clubes brasileiros estão pedindo para pagar R$ 4 bilhões em impostos atrasados em 300 parcelas, ou seja, 25 anos, com isenção de parte dos juros e multas que a Receita Federal impõe. Isso é uma vergonha, pois as empresas de um modo geral não têm todo esse privilégio; no caso de pessoa jurídica, pode até ser pedida sua falência em casos assim. Como as pessoas físicas e jurídicas que pagam religiosamente seus impostos podem se sentir diante disso?

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Luís Schwengber

Guaratuba

Muitas promessas de construção da ponte de Guaratuba foram feitas por políticos e dirigentes do estado. Há três décadas só vemos promessas e ainda aguardamos a realização da obra. Progresso em Guaratuba passa por uma ponte, assim como progresso em Foz passa por nova ponte. Por que lá em Foz pode e em Guaratuba não pode?

Luperci Vander Muller, Guaratuba – PR

Transporte coletivo 1

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Se pensarmos em termos de segurança do usuário, motorista e cobrador, deveria ser obrigatório o uso do cartão em qualquer tubo, ônibus ou terminal. Sim, é chato ter de fazer o cartão, mas é necessário. Temos ao menos de tentar e ver se vai dar certo, ou então as pessoas que ajudem com uma solução e parem de criticar.

Vivianne Faria

Transporte coletivo 2

A obrigatoriedade do uso de cartão-transporte para as linhas de ônibus sem cobrador, além de dificultar o direito constitucional de ir e vir do usuário, abre margem para num futuro próximo a figura do cobrador desaparecer nas demais linhas, aumentando os índices de desemprego, além de em princípio infringir a Lei Federal 3.688/1941 ao se recusar a receber moeda de curso legal no país para o pagamento do serviço, que de público está ficando só no conceito.

Washington Luiz Adão

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Diplomacia

Com relação a essa polêmica criada por Israel, dizendo que o Brasil é um "anão diplomático", podemos não ser um anão, mas com certeza somos um gigante trapalhão. E não apenas na diplomacia, posto que a turbulência pela qual está passando nossa economia nos faz acreditar que somos um gigante trapalhão também nessa delicadíssima área que atinge todas as classes sociais, particularmente aqueles menos assistidos que, na verdade, são a maioria esmagadora deste país.

José Marques, São Paulo – SP

Oriente Médio 1

Infelizmente, os dois povos se odeiam desde a antiguidade. E, se alguém perguntar por que lutam entre si, garanto que não vão saber responder. Foram ensinados a se odiar. Esse é resumo da ópera e, pelo jeito das coisas, quando esse milênio chegar ao fim esses dois povos ainda estarão se digladiando, sem saber o porquê!

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Luciano R. Ayres

Oriente Médio 2

Quem está na briga entende mais de guerra do que qualquer país do lado de fora. Quando o Hamas faz sua base ao lado de uma escola ou hospital, os israelenses atiram mirando no Hamas e atingem a escola ou o hospital. Aí até mesmo o Brasil vai lá e critica Israel, dizendo que ele atacou a escola. O ataque foi ao Hamas, que estrategicamente se instalou ao lado. O Brasil (Dilma e Lula) não entende suas próprias guerras e quer demonizar Israel.

Waldomiro Tarcísio Padilha de Oliveira

Ucrânia

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O mundo está chocado com tanta violência e mortes de inocentes na região da Ucrânia. Pena que a corda arrebenta sempre no lado mais frágil e esses terroristas desalmados continuam fazendo seus estragos. Crime de guerra é pouco para esses monstros que abateram um avião.

Emerson Pugsley

Bach

Há 264 anos morria um dos maiores compositores da música: Johann Sebastian Bach. Também o melhor organista de todos os tempos. Bach criou ainda o moderno sistema tonal até hoje utilizado.

Ricardo Herrmann, professor da UFPR

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Internet

As pessoas estão muito acostumadas a acreditar na internet como um meio seguro para obter informações e esclarecer dúvidas. O errado é acreditar em qualquer coisa ou levar tudo ao pé da letra. Há muitas informações e notícias boas e verdadeiras na internet, mas, como qualquer outro tipo de mídia, devemos pesquisar e não acreditar sem antes confirmar a fonte da informação.

Jânio de Lima Sá

Ibope

O governo federal fechou contratos milionários com o Ibope. O sigilo faz parte do contrato e as pesquisas só serão divulgadas três meses após o governo recebê-las. Depois da manifestação do ouvidor-geral da União, de que o tal sigilo contraria o órgão federal que é responsável pela transparência, a CGU reza que a informação deixa de ser sigilosa assim que é passada para um órgão publico: torna-se pública. Mas, como as leis são um tanto desprestigiadas pelo atual governo, é esperar para ver.

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Leila E. Leitão, São Paulo – SP

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