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Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná.
Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná.| Foto: Reprodução/GoogleMaps

Uma adolescente foi morta no Colégio Estadual Helena Kolody, no município de Cambé, região norte do Paraná. O ataque, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (19), foi executado por um ex-aluno de 21 anos que foi à escola para solicitar documentos e fez os disparos. Ele baleou uma menina de 15 anos, que não resistiu e morreu no local.

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Um outro menino de 16 anos foi ferido e está em estado gravíssimo. Ele foi encaminhado para o Hospital Universitário (HU) de Londrina. Segundo o hospital, ele respira com ajuda de aparelhos e irá passar por cirurgia nesta tarde. Mais cedo, o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, havia confirmado a uma rádio local que o jovem teria morrido. A informação foi desmentida pouco depois pelo próprio HU.

Segundo informações dos funcionários da escola, o autor do ataque teria ido ao estabelecimento para solicitar cópias de sua documentação escolar. Após um primeiro atendimento, ele pediu para ir ao banheiro e deu início ao ataque. O agressor foi preso em flagrante após ter sido imobilizado por um homem de 62 anos que trabalha próximo à escola. De acordo com a RPC, ele teria ouvido os disparos, tomou a atitude de entrar na escola e conseguiu segurar o agressor até a chegada dos policiais. As equipes da Polícia Militar que prestaram o primeiro atendimento chegaram ao local em cerca de três minutos. Ele foi transferido para Londrina, onde prestou depoimento à Polícia Civil no início da tarde.

Vítimas dos disparos eram namorados

Os alunos vítimas dos disparos estariam, segundo testemunhas, em uma aula vaga, jogando tênis de mesa, quando o ataque ocorreu. A Secretaria Estadual de Educação confirmou à reportagem, porém, que os adolescentes estariam em uma aula de Educação Física no momento em que foram atingidos.

De acordo com o pai do rapaz, que está internado em estado grave, os dois estavam namorando há cerca de um ano. Em entrevista coletiva, Hudson Teixeira afirmou que ainda não havia mais informações a respeito da motivação do crime. A informação preliminar de que o agressor era ex-namorado da vítima fatal, apontada por testemunhas do ataque, foi desmentida durante o depoimento dele à polícia.

Informações preliminares da Prefeitura de Cambé e da Secretaria de Segurança Pública dão conta de que o ex-aluno teria disparado 12 tiros. Junto ao agressor foram encontradas uma arma calibre 38 e um machadinho.

O colégio atende a um total de aproximadamente 800 alunos, em 41 turmas. Não haverá aula nesta segunda-feira (19) e terça-feira (20). A suspensão nas aulas foi determinada pela Secretaria Estadual de Educação.

Autoridades se manifestam sobre ataque em Cambé

O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) decretou luto oficial de três dias e lamentou profundamente o ocorrido. Os secretários estaduais de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, e da Educação, Roni Miranda, estão a caminho da cidade.

"A violência do brutal ataque em uma escola estadual em Cambé causa indignação e pesar. O assassino foi preso, será julgado e condenado pelo crime bárbaro que cometeu. Como governador e pai a minha solidariedade aos familiares nesse momento de dor tão profunda. Paraná está em luto", afirmou o governador pelas redes sociais.

Senador pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil) se manifestou sobre a fatalidade. "Meu profundo pesar às famílias, alunos e funcionários do Colégio Helena Kolody, de Cambé, no Norte do Paraná. Vítimas devem ser lembradas, agressores punidos e esquecidos. Ainda estão sendo apuradas todas as informações sobre o ocorrido, mas deixo aqui minha solidariedade, neste momento de dor", disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também lamentou o ocorrido pelas redes sociais. "Recebo com muita tristeza e indignação a notícia do ataque no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná. Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade. É urgente construirmos juntos um caminho para a paz nas escolas", manifestou.

Correção

Após a observação de diversos leitores, entendemos que seria mais adequado suprimir o termo "atirador" para se referir ao suspeito de ter cometido o crime. O homem que imobilizou o agressor não era um zelador da escola, como foi dito anteriormente, e sim um homem que trabalha próximo à escola. A informação preliminar de que o agressor conhecia a adolescente morta também foi corrigida.

Corrigido em 20/06/2023 às 22:01
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