A chuva de janeiro possibilitou a suspensão do rodízio de água nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná. Em Curitiba e região metropolitana, o rodízio nos bairros continua, mas as quatro barragens que abastecem o sistema estão perto de 50% - nesta terça-feira (2), o nível chegou a 46,86% de armazenamento água. Assim que alcançar 60%, a Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar) poderá suspender também o rodízio na capital e cidades vizinhas.
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Na região Oeste, janeiro registrou mais de 400 milímetros de chuva, a maior média dos últimos dez anos para o mês. Com isso, saíram do rodízio Cascavel, Medianeira e Três Barras do Paraná. Palotina, que é abastecida por poços e minas, vai permanecer em alerta e com avaliação diária do sistema, já que esses mananciais não voltaram a ter estabilidade. O rodízio nesses casos variava conforme o município. Em Cascavel, por exemplo, o rodízio era feito em sete regiões da cidade desde setembro, com o fornecimento interrompido às 13h e só retornando às 22h.
No Sudoeste, o rodízio foi suspenso em cinco das seis cidades da região: Capanema, Dois Vizinhos, Nova Prata do Iguaçu, Planalto e Salgado Filho. Apenas Pranchita segue em estado de alerta porque os poços que abastecem o município ainda não recuperaram as vazões em níveis normais.
Curitiba e RMC
O bom volume de chuva em dezembro e janeiro afastou Curitiba e região metropolitana do risco de colapso do sistema, em que as barragens poderiam ficar completamente secas, até setembro.
E se a média histórica de chuva para os próximos quatro meses se confirmar, a Sanepar pode cancelar o rodízio, que desde agosto de 2020 funciona com 36 horas de água e 36 horas de corte no abastecimento dos bairros. “Se continuar nesse ritmo de chuva de janeiro, a tendência é de que possamos reavaliar o rodízio”, disse à Gazeta do Povo o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Júlio Gonchorosky, na semana passada.
Entretanto, vale a orientação: o Paraná segue enfrentando a pior estiagem da história desde o fim de 2019. Por isso, a Sanepar reforça o pedido a população para que não desperdice água. A meta da Sanepar é de que o consumo individual caia em 20% para que o sistema siga estável mesmo que não chova.
Tão grave é a estiagem que a Sanepar está testando tecnologia em que aviões fazem chover. A aeronave injeta gotículas minúsculas em nuvens para induzir chuva em locais estratégicos, como nas proximidades das barragens.
Caixas d'água
Segunda-feira (1°), a Sanepar começou a instalação de caixas de água com capacidade entre 5 mil e 15 mil litros em oito áreas ocupadas irregularmente em Curitiba. Como pela lei essas áreas irregulares não podem ser incluídas no sistema de abastecimento, os moradores poderão ter acesso à água em torneiras comunitárias. A ação tem apoio da prefeitura, que vai transportar em caminhões-pipa a água de 30 poços artesianos perfurados recentemente até as comunidades.
A parceria entre Sanepar e prefeitura também vai reforçar o abastecimento na Vila Calixto e Vila Verde, ambas na CIC, que estarem no fim da rede levam mais tempo para receber água novamente no fim do rodízio. A prefeitura está instalando hidrantes nessas regiões, além de injetar água nos poços para abastecer as casas após o rodízio.
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