Aprovados no concurso devem ingressar na Polícia Civil em 2022.
Aprovados no concurso devem ingressar na Polícia Civil em 2022.| Foto: Polícia Civil do Paraná

Quase oito meses após ser cancelado na data original da prova, o concurso da Polícia Civil do Paraná que vai selecionar 400 novos agentes será feito domingo (3). No total, 106 mil candidatos disputam 50 vagas para delegado, 50 vagas para papiloscopista e 300 para investigador. Para reduzir o risco de aglomerações em Curitiba por causa da pandemia, o exame será na capital e outras 11 cidades. A prova específica para os candidatos a delegado será em 12 de dezembro. Os aprovados ingressarão na corporação no primeiro semestre de 2022.

Para não repetir o fracasso domingo, o governo do estado exigiu maiores garantias por parte do Núcleo de Concursos da Universidade Federal (NC-UFPR), organizadora do exame que anunciou o cancelamento poucas horas antes da prova no dia 21 de fevereiro, pegando de surpresa os candidatos. “O Comitê Gestor do Núcleo de Concursos da UFPR nos garantiu com apresentação de dados que os preparativos para as provas vêm transcorrendo dentro do planejado, com as melhores condições de segurança e biossegurança”, afirma o presidente da Comissão de Concurso, o delegado Fábio Amaro no site da Agência Estadual de Notícias (AEN).

No cancelamento da prova em fevereiro, o NC-UFPR alegou não ter conseguido cumprir todas as determinações para garantir as medidas preventivas da Covid-19 nos locais de prova. A decisão, anunciada na madrugada de 21 de fevereiro poucas horas do início da prova, gerou transtorno aos candidatos, que na maioria era de outras cidades e até outros estados.

O próprio governo do estado processou a UFPR e em julho cobra multa de R$ 1,3 milhão pelo serviço não prestado na data acordada. Já a Justiça Federal negou aos candidatos que a UFPR pagasse danos morais pelo cancelamento, cabendo apenas o ressarcimento pelo prejuízo com deslocamento e hospedagem.

O concurso vai reforçar o quadro da Polícia Civil com a reposição de servidores. É o caso do Instituto de Identificação do Paraná (IIPR), departamento da Polícia Civil onde atuam os papiloscopistas e que há anos enfrenta dificuldades para a emissão da Carteira de Identidade, o RG. " Muitos dos nossos policiais estão sobrecarregados pela elevada e involuntária carga de trabalho, logo, com a recomposição do quadro, os serviços serão redistribuídos e equalizados", avalia o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach, também à AEN.