Luiz Fernando Ribas Carli Filho se apresenta em Guarapuava.| Foto: Eduardo Andrade/RPC

A juíza Liliane Graciele Breitwisser, da Vara de Execuções Penais de Guarapuava, determinou os termos do cumprimento da pena do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho, condenado por duplo homicídio com dolo eventual, pela morte de dois jovens em uma colisão de trânsito em 2009.

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Por falta de vagas no regime semiaberto (que estabelece o direito a passar o dia fora da prisão e as noites no presídio), a Justiça determinou que ele deve ser monitorado por tornozeleira eletrônica e outras condições (como trabalhar ou estudar, não sair de casa das 21 horas até 6 horas e nos finais de semana, e não deixar Guarapuava, cidade onde mora). Carli Filho estava em uma penitenciária desde terça-feira (28), aguardando a decisão sobre os detalhes do cumprimento da pena, e foi liberado no final da tarde desta sexta-feira (31).

Veja como foi a audiência de custódia:

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Relembre o caso

Na madrugada de 7 de maio de 2009, o então deputado estadual dirigia embriagado e em alta velocidade no bairro Mossunguê, em Curitiba, quando colidiu com o veículo em que estavam Carlos Murilo de Almeida e Gilmar Rafael Yared, que morreram na hora. Carli Filho estava embriagado e dirigia em alta velocidade.

Depois de uma série de adiamentos, o caso foi a júri popular no final de fevereiro de 2018. O ex-deputado foi inicialmente condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por homicídio com dolo eventual. Em função do tempo de pena, ele teria de cumprir em regime fechado (penitenciária). Contudo, em dezembro, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná diminuiu a pena para 7 anos, 4 meses e 20 dias, abrindo a possibilidade de cumprimento da sentença em regime semiaberto. As poucas vagas disponíveis nesse sistema são destinada a condenados que estão progredindo do regime fechado.

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Quatro dias na prisão

Mais de dez anos depois do episódio, Carli Filho está em uma cela comum da Penitenciária Industrial de Guarapuava, com banheiro e uma cama de alvenaria, porém isolado dos outros presos por ter diploma de ensino superior. O tratamento que o ex-deputado recebe é o mesmo dos demais detentos. Ele não teve direito a visitas de parentes e amigos – somente de advogados.

Inaugurado em 1999, o presídio em que Carli Filho está custodiado foi a primeira penitenciária industrial do Brasil e é destinado a presos do sexo masculino condenados a penas em regime fechado. Projetado com o objetivo de cumprir metas de ressocialização, o estabelecimento mantém áreas nas quais os presos podem trabalhar em troca de salário e remissão de pena.

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