Em entrevista coletiva após o leilão desta quarta-feira (7) em que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu à iniciativa privada a operação de 22 aeroportos brasileiros, representantes do grupo CCR comentaram que os terminais do Bloco Sul serão pioneiros na integração de modais planejada pela empresa e que os planos para o futuro, além de obras previstas em edital como a terceira pista do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, incluem a expansão do número de rotas e de companhias aéreas.
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A CCR arrematou, com uma proposta de R$ 2,128 bilhões (ágio de 1.534%), a concessão por 30 anos de nove aeroportos localizados no Sul do Brasil, entre eles o Afonso Pena, o Bacacheri, em Curitiba, o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu/Cataratas e o Governador José Richa, de Londrina. Os outros são os terminais de Joinville e Navegantes, em Santa Catarina, e de Uruguaiana, Bagé e Pelotas, no Rio Grande do Sul.
“Temos uma série de planos para o Paraná que abarcam os outros aeroportos do bloco, entre eles atrair novas rotas e novas companhias. Acreditamos que, com a retomada pós-pandemia, vamos conseguir fazer isso”, disse Cristiane Gomes, diretora de aeroportos da CCR.
A CCR venceu também o leilão do Bloco Central, com os terminais de quatro capitais, São Luís, Teresina, Palmas e Goiânia, além de Petrolina (PE) e Imperatriz (MA), com uma proposta de R$ 754 milhões (ágio de 9.156%). A previsão de investimentos é de R$ 2,8 bilhões no Bloco Sul e de R$ 1,8 bilhão no Central.
Gomes explicou que as concessões de aeroportos estavam no radar da CCR desde 2019 e que fazem parte de um projeto para integrar modais – a empresa opera rodovias em todo o Brasil e já é sócia na administração do Aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte. Fora do país, a CCR opera aeroportos no Equador, na Costa Rica e em Curaçao, além de fazer operações logísticas e de passageiros em nove terminais nos Estados Unidos.
Questionada sobre o fato de Curitiba e Foz do Iguaçu serem os aeroportos de maior movimento no Bloco Sul, a diretora afirmou que não serão priorizados terminais em detrimento de outros. “Eu não chamaria nenhum aeroporto de patinho feio. O sistema de leilão por blocos foi acertado. É claro que alguns têm números de operação menores, mas temos um sistema multimodal e todos os aeroportos farão parte dele”, apontou.
O CEO da CCR, Marcos Cauduro, garantiu que a empresa está estruturada para honrar as outorgas e os investimentos previstos em edital. “Nosso apetite demonstrado no leilão não compromete nossa capacidade de execução. O grupo está totalmente preparado técnica e financeiramente para perseguir seu plano estratégico”, argumentou.
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