Coronel Teixeira passou em revista as tropas da PM do Paraná durante cerimônia de posse como novo comandante-geral da corporação.| Foto: Gilson Abreu / AEN
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Com 35 anos de atuação na Polícia Militar do Paraná, o coronel Sérgio Almir Teixeira assumiu, nesse mês, o maior posto da corporação ao ser nomeado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) comandante-geral da PMPR. Ele assumiu o posto deixado pelo também coronel Hudson Teixeira, nomeado secretário estadual de Segurança Pública. Em entrevista à Gazeta do Povo, o novo comandante disse que sua gestão à frente da corporação será de continuidade e de alinhamento, em alguns aspectos, com o Governo Federal.

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Natural de Cascavel, foi na região oeste do Estado que o coronel exerceu a maior parte de suas atividades junto à PM paranaense. Teixeira começou a carreira policial trabalhando em Curitiba, onde atuou no 12º BPM e depois contou com passagens pela Academia do Guatupê. De volta à sua região natal, o hoje coronel passou por várias funções até chegar ao comando do 6º Batalhão da PM em Cascavel.

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De lá, Teixeira foi comandar o 14º Batalhão em Foz do Iguaçu. E com a experiência adquirida nos cursos de formação, ascendeu ao cargo de subcomandante regional da PM no Oeste do Paraná. Em um movimento natural, assumiu o principal posto do Quinto Comando Regional, em Cascavel, de onde só saiu para o comando-geral de toda a Polícia Militar do Paraná.

Gestão será de continuidade

Pela natureza dos cargos de alto escalão que ocupou no Oeste do Estado, era esperado que Teixeira estivesse ultimamente muito próximo ao comando anterior. Dessa forma, explicou, sua atuação à frente da corporação não poderia ser outra que não a de seguir em uma trajetória de continuidade.

“O Governo do Estado confiou na minha capacidade de estar à frente da corporação”, disse Teixeira. “Para assumir uma cadeira como esta, no comando-geral, temos que ter a responsabilidade de saber se temos condições de realmente assumir essa cadeira. Nesse meu histórico, eu pude ter uma visão da corporação, uma visão da Polícia Militar. E essa é uma visão de continuidade daquilo que o coronel Hudson fez. Realmente houve um avanço da nossa corporação. E a ideia é justamente dar continuidade àquilo que foi muito bem-feito”, avaliou.

Foco da PM será no trabalho de policiamento cidadão

Segundo o comandante, a PM do Paraná conta com um planejamento “duradouro”, com prospecções e projetos para a próxima década. E entre os eixos principais de atuação da corporação está o que Teixeira chamou de “polícia cidadã”. O objetivo, reforçou, é tornar o trabalho da polícia mais próximo da população.

“Essa polícia deve trabalhar com maior proximidade no dia a dia, na área urbana e na zona rural. O foco principal da nossa Polícia Militar é uma polícia comunitária, é isso que foi projetado e é isso que está no plano do Governo do Estado. E dentro disso há alguns desafios, como trabalhar alinhado com aquilo que o próprio Governo Federal traz, que é algo próximo dessa polícia cidadã, uma polícia que atenda a população”, comentou.

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Concluir a formação de novos PMs é desafio para novo comandante

Parte desse trabalho de maior proximidade às pessoas, explicou, deve ser desenvolvido na formação de novos policiais. Recompor os quadros próprios da PM, aliás, foi elencado por Teixeira como o maior desafio dele à frente da corporação. A formação, justificou, foi represada pela pandemia.

“Nós tivemos essa impossibilidade de realizar os cursos de formação, e isso gerou um represamento que levou a deficiências no completamento dos nossos quadros que já estavam em processo de formação. A gente tem que ter um pouco de paciência, ainda serão necessários alguns meses para que essa formação seja concluída e esses policiais estejam à disposição nas unidades onde se fazem necessários. E esses policiais vão estar sim à disposição, e vai ser visto e vai estar realmente ajudando a população”, pontuou.

Teixeira defende atuação conjunta na Tríplice Fronteira

Com longa experiência de atuação na Tríplice Fronteira, Teixeira entende a importância da colaboração entre as forças públicas municipais, estaduais e federais na manutenção da segurança da região. Área sensível não só para o Paraná, mas também para o Brasil, a região que concentra fronteiras entre três estados e três países deve receber uma atenção especial do comandante, que reforçou a necessidade do trabalho integrado até com as polícias dos países vizinhos.

Dos tempos de Comando Regional da PM no Oeste do Paraná, o coronel lembrou do trabalho do Grupo Integrado de Fronteira e da parceria com as forças policiais de Paraguai e Argentina. Na avaliação de Teixeira, por conta dessa integração o controle da fronteira do lado paranaense foi feito de forma satisfatória. E é esse o modelo que ele quer ver reforçado na região.

“É difícil para as forças federais, sozinhas, manterem a fronteira toda policiada. E é justamente por isso que existe essa cooperação. Entendo que nesse primeiro momento, esse trabalho precise ser reajustado e realinhado, já que houve uma toca no Governo Federal. Mas certamente há essa percepção nacional de que a Tríplice Fronteira tem essa característica de ser uma área importante, sensível para o nosso país. E certamente seguiremos com essa cooperação entre o Governo Federal, o Estado e os municípios na forma de um trabalho integrado entre Exército, Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Marinha do Brasil”, completou.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]