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Doenças cardiovasculares crônicas foram associadas a 44% das mortes por Covid-19 que tiveram fator de risco identificado.
Doenças cardiovasculares crônicas foram associadas a 44% das mortes por Covid-19 que tiveram fator de risco identificado.| Foto: Divulgação/Sesa

Doença cardiovascular crônica, diabetes mellitus e obesidade são as comorbidades mais associadas a óbitos por Covid-19 no Paraná, segundo estatísticas dos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O grupo de pessoas com comorbidades está sendo contemplado na fase atual da vacinação contra a doença no estado.

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Segundo a Sesa, cerca de 80% dos paranaenses que morreram por Covid-19 tiveram identificado algum fator de risco – categoria que inclui comorbidades, mas também outros perfis, como idosos, gestantes e indígenas.

Doenças cardiovasculares crônicas são o segundo fator de risco (atrás apenas de idade acima de 60 anos) e a comorbidade mais comum - sendo associada a 44% das mortes pelo coronavírus que tiveram fator de risco identificado pelos serviços de saúde. Diabetes mellitus foi identificada em 29% e obesidade em 12% desses óbitos.

Outras comorbidades associadas a mortes por Covid-19 são doença neurológica crônica (7%), pneumopatias crônicas, doença renal crônica (ambas com 6%), imunodeficiência/imunodepressão, asma (ambas com 3%), doença hepática, doença hematológica (ambas com aproximadamente 1%) e Síndrome de Down (0,33%). A soma supera os 100% porque há casos em que o paciente que vai a óbito apresenta mais de um fator de risco.

A Sesa aponta que em seus boletins inclui apenas os fatores de risco que constam nos campos da ficha do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-gripe) – dessa forma, morbidades como hipertensão e neoplasias não foram incluídas por falta de campo específico para esses dados nesse sistema de informação.

O chefe de gabinete da Sesa, César Neves, explica que grande parte da estatística de fatores de risco associados a internações e mortes por Covid-19 é montada a partir dos cadastros que os pacientes já possuem junto a unidades públicas de saúde, onde sua condição principal segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) já é informada.

“A nível estático, aparece o que chama mais atenção, os fatores de risco que são considerados os mais graves. É muito comum pessoas acima de mais de 50 anos apresentarem mais de uma comorbidade”, explica Neves.

O chefe de gabinete da Sesa destaca que muitos agravamentos decorrem da forma como o coronavírus se associa a fatores da doença pré-existente. “Entre as doenças cardiovasculares, destacam-se hipertensão, insuficiência cardíaca, se a pessoa já teve enfarte. A Covid-19 não é só uma doença infecciosa. No início, achávamos que era parecida com a (influenza) H1N1. A Covid tem manifestações cardiovasculares e hematológicas, então muitas pessoas com a doença têm AVC, eventos tromboembólicos”, aponta. “A diabetes é um complicador porque diminui a imunidade e a obesidade, pela associação à síndrome multimetabólica, com riscos como as próprias doenças cardiovasculares e diabetes.”

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