Nos dias 4, 5 e 6 de junho, será realizada a segunda rodada da pesquisa nacional, contratada pelo Ministério da Saúde e coordenada pela Universidade Federal de Pelotas, para mapear a disseminação de Covid-19 pelo Brasil. A coleta dos dados está sendo feita, de casa em casa, por pesquisadores do Ibope. Além da aplicação de questionário, são realizados testes rápidos para identificar a presença do novo coronavírus. No Paraná, as cidades participantes são: Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e Guarapuava.
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A primeira fase aconteceu em maio. Das 1,5 mil pessoas testadas no estado, cinco tiveram resultado positivo para a presença de anticorpos, o que indica se teve contato em algum momento com o coronavírus, ainda que eventualmente não tenha desenvolvido a doença. Como os exames são feitos de forma aleatória, ou seja, não apenas com quem tem indício de ter contraído o vírus, os resultados são aparentemente baixos, mas a pesquisa indicou que, para cada caso confirmado no país, outros seis passaram despercebidos (e essas pessoas podem estar espalhando a doença).
Por desconfiança e por causa da circulação de conteúdos falsos, alegando que era mentira que estava sendo feita uma pesquisa e que se tratava de desculpa para dar golpes ou mesmo praticar assaltos, alguns pesquisadores foram mal-recebidos em vários lugares. Márcia Cavallari Nunes, CEO do IBOPE Inteligência, comenta que até em Curitiba pessoas chamaram a polícia por achar que estavam sendo enganadas. A representante do instituto enfatiza que todos os funcionários estão identificados com crachá e que é possível ligar no telefone 0800 800 5000 para tirar dúvidas.
Por causa de uma série de dificuldades, não foi possível em Londrina e em Curitiba fazer as 250 entrevistas e testes previstos para cada cidade. A partir da divulgação dos resultados da primeira fase e de uma estratégia de comunicação mais intensa, o Ibope esperar ter menos problemas agora. Márcia destaca que é importante a participação popular para que as prefeituras e os governos tomem decisões e estabeleçam políticas públicas a partir de uma coleta de dados que segue metodologia científica.
A segunda rodada vai entrevistar e testar o mesmo número de pessoas, mas não os mesmos da primeira fase. A pesquisa pretende entrevistar e testar quase 100 mil brasileiros.
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