Salão de festas onde ocorreu a morte de Marcelo Arruda, em Foz.| Foto: Juliet Manfrin/Especial para a Gazeta do Povo
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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está investigando a relação entre o crime cometido contra o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, e a morte de um diretor do clube onde os tiros foram disparados. Claudinei Coco Esquarcini era vigilante da Itaipu e diretor da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), e foi encontrado morto no último domingo (17), na cidade de Medianeira, distante 60 quilômetros de Foz do Iguaçu.

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De acordo com uma nota encaminhada pela Polícia Civil à Gazeta do Povo nesta segunda-feira (18), imagens de câmeras de segurança mostram que Esquarcini estaria sozinho quando se jogou de cima de um viaduto, em Medianeira. Segundo a nota, ele teria sido socorrido com vida, mas não resistiu à queda e morreu na sequência.

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Esquarcini é citado por testemunhas ouvidas durante o inquérito policial como sendo o responsável pela instalação do sistema de câmeras de segurança no local onde o tesoureiro do PT foi morto. Apesar disso, ele não chegou a ser ouvido pelos policiais civis durante o inquérito sobre a morte de Arruda, concluído na última sexta-feira (15).

De acordo com a Polícia Civil, uma testemunha, que tinha acesso às imagens de câmera de segurança do clube onde acontecia a festa, teria informado o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho que o evento - uma festa de aniversário com o tema PT e Lula - estava acontecendo, antes do agente ir ao local de carro com a família. Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado contra Arruda.

Em um pedido por novas diligências, protocolado pela defesa da família de Arruda junto à 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, o nome dele aparece como suposto responsável pelo fornecimento de senhas de acesso remoto às imagens.

No pedido, os advogados pedem que o celular de Esquarcini seja recolhido e periciado, e que a presidência da Aresf forneça os dados completos de todos os diretores da associação. A justificativa, aponta a defesa da família do tesoureiro, é que a medida pode evitar uma possível destruição de provas. "Tais imagens estavam disponíveis aos diretores da Aresf. Quem são? De que forma atuaram ou não? Partícipes ou não no fato criminoso? A quem Claudinei as disponibilizou? Quem tinhas as senhas de acesso?", questionam os advogados.

Procurado pela Gazeta do Povo, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) confirmou que não está participando das investigações, que seguem à cargo da Polícia Civil. O MP-PR também apontou não ser possível, por enquanto, relacionar as duas mortes, e que tal hipótese só deverá ser considerada caso seja indicada pela investigação policial.

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