Curitiba entrou em bandeira laranja, no dia 14 de junho (as regras começaram a valer na segunda-feira, 15), com média móvel de 69,6 novos casos diários, 2,9 mortes por dia e taxa de ocupação de 74% dos leitos de UTI. E o município está retornando para a bandeira amarela, conforme anunciou, no final de semana, o prefeito Rafael Greca (DEM), com média móvel de 461,4 novos casos diários, 13,9 mortes por dia e 85% dos leitos de UTI ocupados. Se os números atuais são bem maiores do que os de dois meses atrás, o que explica a mudança de bandeira neste momento? Pelos critérios da Secretaria Municipal de Saúde, o achatamento da curva de propagação do coronavírus na cidade é suficiente para a mudança do estado de risco moderado para o estado de alerta. A prefeitura informou que um novo decreto deverá ser publicado ainda nesta segunda-feira (17), retomando a bandeira amarela já a partir de terça-feira (18).
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A definição da cor da bandeira adotada pelo município em seu “Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social” leva em consideração a propagação da doença na cidade e a capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde, a partir de nove indicadores. Mesmo considerando, em dois destes indicadores, a mortalidade e a incidência da doença na população no momento atual, todos os demais sete indicadores levam em consideração o comparativo com a situação de sete dias anteriores, para avaliar a curva da doença na cidade.
Os critérios levam em consideração a comparação do número de novos casos nos últimos sete dias com a semana anterior; assim como a comparação entre o número de pacientes internados, o número de pacientes com síndrome respiratória aguda grave, e a ocupação de leitos no Sistema Único de saúde, sempre comparando com a situação de sete dias antes.
E, se no último domingo (16), Curitiba tinha média móvel de 13,9 mortes e 461,4 casos diários, a situação é bem menos grave que há uma semana. Em 09 de agosto, eram 18,4 mortes diárias de média e 516,7 novos casos. O pico da média móvel na capital, até o momento, foi em 05 de agosto, quando a cidade atingiu a média móvel de 20,4 mortes e 596 novos casos diários. Já a taxa de ocupação de UTIs pouco variou nos últimos sete dias, oscilando de 84% para 85%. A situação mais crítica foi em julho, quando a cidade ficou, entre os dias 19 e 26, com 94% dos seus leitos exclusivos para Covid-19 ocupados.
No último sábado, em pronunciamento na Capela Nossa Senhora da Glória, o prefeito Rafael Greca afirmou que esses dados mostram que a pandemia esta cedendo na cidade. “Quero agradecer à mãe de Jesus, que a pandemia esta cedendo. Na terça-feira, devolveremos a cidade à normalidade, ainda com cautelas sanitárias, mas já com o funcionamento pleno no comércio, shopping, academias de ginastica e natação, e das feiras livres”, disse o prefeito de Curitiba. “Voltamos a não ter contágio intensivo. Voltamos para a bandeira amarela. Durante os 150 dias, estivemos muito aflitos, mas aos nossos doentes não faltou nada. Nenhum leito de hospital, nem socorro a ninguém, mesmo aos que morreram até agora, não faltou socorro e apoio do SUS”, acrescentou, garantindo que a decisão é respaldada pela Secretaria da Saúde. “A secretaria me disse ontem que o pior já passou”.
Os detalhes sobre as autorizações de funcionamento do comércio e serviço na cidade serão esclarecidos com a publicação do novo decreto. Pelo protocolo da prefeitura, no entanto, a bandeira amarela prevê o funcionamento irrestrito das atividades consideradas essenciais (como os supermercados, por exemplo) e autoriza a abertura, respeitando critérios de sanitários e de limitação de ocupação para praticamente todos os demais estabelecimentos. Assim, o comércio em geral passa a não ter restrições de horário, os bares podem voltar a funcionar e os parques serão reabertos. Só permanecerão fechados os estabelecimentos de ensino e as atividades de entretenimento (casas noturnas, festas e shows).
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