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Orçamento da merenda fica mantido para 2020; produtos são distribuídos a 230 mil estudantes
| Foto: Seed

As merendas escolares estão sendo um importante suporte à segurança alimentar de estudantes paranaenses em tempos de coronavírus. Com a suspensão das aulas desde o dia 20 de março, visando evitar a propagação da Covid-19, os itens que seriam destinados à alimentação dos alunos nas escolas dos 399 municípios do estado estão sendo distribuídos para as famílias em situação de vulnerabilidade. Já foram entregues, no total, mais de 5.400 toneladas de comida tanto para estudantes inscritos no programa Bolsa Família quanto para outros alunos que necessitam.

Os itens estão sendo entregues quinzenalmente nas escolas, que preparam os kits – uma espécie de cesta básica - e distribuem aos alunos cadastrados no programa social. Já foram feitas duas entregas, a última delas, na quinta-feira (9). Na segunda remessa, somente contando os itens não perecíveis, foram mais de 2,7 milhões de quilos em produtos. Na primeira distribuição, que aconteceu no final de março, a quantidade foi a mesma.

Os alimentos que seriam destinados às merendas escolares das 2.100 escolas do estado passaram a ser distribuídos conforme o Decreto 4.316/2020, do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), durante o período de suspensão de aulas presenciais devido à pandemia da Covid-19. A preferência no recebimento é dos 230 mil alunos inscritos no programa Bolsa Família no estado, porém as escolas podem também atender a outras famílias caso haja sobra de kits.

Por meio da assessoria de comunicação, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), responsável pelas merendas, informou que o orçamento de R$ 89 milhões para o ano de 2020 está mantido e continuará a ser seguido, inclusive nesse período. Portanto, não haverá aumento ou diminuição do valor destinado à alimentação dos alunos. Enquanto as aulas não retornarem, os produtos seguirão sendo distribuídos.

Desemprego

Vanda Aparecida Torá dos Santos é diretora do Colégio Estadual Professor Guido Arzua, no Sítio Cercado, desde 2012. Ela explica que, caso esses itens não fossem entregues aos estudantes, possivelmente as famílias passariam por condições extremas de fome.

“Temos uma grande quantidade de alunos em situação de vulnerabilidade, alguns que moram em áreas de invasão e necessitam do nosso acompanhamento. Muitas vezes, a alimentação mais completa do dia é a que eles fazem na escola”, disse.

Vanda, que conta com ajuda de funcionários da escola para a separação e entrega dos itens, comenta que, por conta da alta taxa de desemprego entre os responsáveis pelos alunos, a alimentação está sendo fundamental para a comunidade escolar.

“Percebemos que, neste momento, os kits estão sendo a única fonte de alimento para muitas dessas pessoas. Atendemos algumas famílias com cinco filhos e os pais desempregados. Estamos felizes por estar cumprindo nosso papel pedagógico e social”, finalizou.

Agricultura familiar

Grande parte dos alimentos distribuídos na merenda escolar são provenientes da agricultura familiar. Com isso, os produtores seguem normalmente fornecendo sua produção, sem prejuízos. No Paraná, são 179 cooperativas ou associações responsáveis por fornecer itens para a merenda escolar. São cerca de 20 produtos não perecíveis, como arroz, feijão, óleo, bolacha e macarrão, além de outros dez grupos de alimentos perecíveis, como frutas, verduras, hortaliças, legumes, temperos, leite, iogurte, panificados e sucos.

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