Em 2020, os eleitores de Maringá vão às urnas para escolher o novo prefeito. A corrida eleitoral ainda não começou, mas a movimentação em torno dos principais nomes políticos da cidade já é grande nos bastidores. Os partidos começam a traçar estratégias e a iniciar as conversas de coligações. Veja quais são os mais cotados para disputar o pleito na Cidade Canção.
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Ulisses Maia (PDT)
O atual prefeito Ulisses Maia (PDT) é candidato natural à reeleição, mantendo ao seu lado o vice-prefeito Edson Scabora (MDB). A candidatura de Ulisses deve receber o apoio do PV, PSD, PRB, PSC, entre outros.
O prefeito goza de prestígio no cargo e quebrou uma sequência de 12 anos de um mesmo grupo político no poder. Por outro lado, segundo o cientista político Tiago Valenciano, sofrerá com oposicionistas criados por ele mesmo, inclusive o atual deputado estadual Homero Marchese (Pros).
Ulisses informou, por meio da assessoria de imprensa, que não está preocupado com a reeleição. “Temos que exercitar um mandato de trabalho, de entrega de resultados para o cidadão. A aprovação do cidadão em relação ao nosso trabalho nos credencia naturalmente a disputar um segundo mandato. Então, o foco é um mandato de qualidade, de ações propositivas, de solução de problemas, de investimentos em obras e serviços para construir uma cidade justa e desenvolvida”, disse.
Homero Marchese (Pros)
De acordo com o cientista político Tiago Valenciano, o deputado estadual Homero Marchese sofrerá com questões direcionadas ao não cumprimento dos mandatos, uma vez que ficou apenas dois anos como vereador e almeja ser prefeito, após cumprir um ano e meio como deputado estadual. É hoje o símbolo da direita na cidade, venceu uma batalha com o grupo político do atual prefeito em um processo que visava a cassação de seu mandato como vereador. Representa uma tentativa de criar, de forma independente, um grupo político na cidade. Nos bastidores fala-se que seu vice será o ex-presidente da Câmara de Vereadores Chico Caiana (PTB).
Questionado sobre a pré-candidatura, o deputado afirma que é uma possibilidade, mas aguarda as condições políticas. “Seria uma honra, mas tem que avaliar se o momento é esse. Tem que consultar o que os eleitores de Maringá pensam da ideia. Quem vai decidir será o eleitor”, desconversou o deputado.
Em relação a coligações, Marchese disse que pretende “escapar dos caciques da política para ter independência para trabalhar”.
Silvio Barros (PP)
O ex-prefeito de Maringá Silvio Barros (PP) recebe apoio do grupo político do deputado federal Ricardo Barros, mas ainda não se sabe os partidos que devem apoiá-lo. Silvio tem capital eleitoral consolidado e foi o único prefeito reeleito na história da cidade em mandatos consecutivos (2004 e 2008). Segundo Valenciano, sofrerá muito com as questões voltadas a seu irmão Ricardo Barros, além do desgaste natural de estar há muito tempo na vida pública. Além disso, o grupo político dele sofre bastante rejeição (secretários, pessoal de segundo escalão). Porém, há de se considerar o legado da administração comandada por Silvio e os tempos de grandes projetos no município.
Enio Verri (PT)
O diretório municipal do PT indicou o deputado federal Enio Verri como pré-candidato a prefeito. Segundo o deputado, o partido terá chapa própria e ressaltou que nas três últimas eleições o PT foi para o segundo turno. A concretização do nome deve ocorrer no começo do ano que vem. Ele evitou falar em alianças, mas afirmou que o PT deve procurar os partidos aliados com sua ideologia para formar uma coligação.
O cientista político acredita que Verri deve carregar a rejeição do PT nacional e local, de quando o partido governou a cidade entre 2001 e 2004, e a falta de um grupo dentro do próprio partido. Como vantagem terá o currículo e a experiência política.
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Novo está em processo seletivo
O partido Novo poderá surpreender em 2020. A sigla está com um processo seletivo aberto para escolha do pré-candidato. As inscrições encerram em outubro. Valenciano afirma que o partido “é o único que poderá ser, de fato, uma via diferente do quadro atual, sem os chamados "políticos profissionais". "Deve lançar algum empresário capacitado para a disputa, uma vez que no processo seletivo do partido sabe-se que é preciso ter tempo comprovado de experiência na vida pública, além de ser ficha limpa.”
João Amoedo, candidato a presidente do Brasil na eleição passada, teve em Maringá sua maior votação proporcional no estado. “A saída, a meu ver, é usar a bandeira do Novo para atrair adeptos a esta candidatura local, ainda sabendo que o partido tem uma atuação muito legislativa”, comenta o cientista político.
É uma terceira via em uma eleição que tende a ser tripolar (Barros x Maia x Marchese) ou, então, polarizada entre Maia x Marchese, uma vez que Silvio pode não sair candidato, avalia Valenciano.
Outros nomes
Fala-se também em nomes que correm por fora como dos deputados estaduais Dr. Batista (PMN) e o Delegado Jacovós (PL), que pensa em transferir o título para Maringá para a disputa. O ex-prefeito Roberto Pupin, que deixou o PP recentemente, também poderá disputar a eleição. Eliseu Fortes (Patriotas), foi procurador geral do município na atual gestão, mas deve fazer oposição ao prefeito. Rogério Calazans (Avante), ocupou diversas secretarias nessa gestão e aparece entre os cotados.
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