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Fila de espera por leitos no Paraná volta a patamares de fevereiro
| Foto: LUCILIA GUIMARAES/SMCS

No Paraná, a fila de espera por um leito adequado para tratamento da Covid-19 na rede pública voltou aos patamares de meados de fevereiro. Nos registros da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a fila de espera (para leitos de UTI ou clínico/enfermaria) tinha um total de 1.141 pessoas em 6 de junho – agora, 6 de julho, um mês depois, o número caiu para 107 pessoas. Um número semelhante neste ano de 2021 só tinha sido registrado no início do ano: em 14 de fevereiro, a mesma fila estava com 107 pessoas.

Levantamento da Gazeta do Povo (veja infográfico logo abaixo) com base nos registros da Sesa revelam que, desde o começo do ano até agora, houve dois picos na fila de espera. Os números mais altos foram vistos no mês de março e também entre o final de maio e início de junho. O recorde do período todo foi registrado em 16 de março, com 1.357 pessoas aguardando leitos adequados - de acordo com a Sesa, nestes casos, não há falta de assistência médica, mas os pacientes ficam em unidades de saúde de pequeno porte, como uma UPA, por exemplo.

Embora haja uma variação ao longo do ano em relação à quantidade de leitos disponíveis exclusivamente para a doença – dado que interfere diretamente no tamanho da fila - a Sesa já vê neste início de julho menos pressão na rede hospitalar. A partir de segunda-feira (12), por exemplo, as cirurgias eletivas já poderão ser realizadas novamente. Elas estavam suspensas principalmente porque também utilizam medicamentos do chamado “kit intubação” de pacientes com Covid-19, como bloqueador neuromuscular, anestésico e anticoagulante. Com a alta demanda por medicamentos do tipo, a Sesa suspendeu os procedimentos cirúrgicos que não são de urgência ou emergência.

Mas, o número de internados com sintomas da doença, na rede pública e particular, segue chamando atenção. Embora a quantidade de pessoas que precisam de atendimento médico tenha caído ao longo deste último mês – em 6 de junho eram 6.041 pessoas internadas e, agora, em 6 de julho, são 4.254 -, os números seguem em patamares elevados (veja infográfico logo abaixo). Em 1º de janeiro deste ano, por exemplo, o número de internados chegava a 2.602. Ao longo de todo ano, é possível observar que houve um pico de internações no final de março, mas os números continuaram elevados até um novo recorde, em 6 de junho, com 6.115 internados.

Mas, a expectativa da Sesa é que haja ao menos uma redução na taxa de mortalidade dos pacientes, na esteira do avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19. A meta do governo estadual é vacinar toda a população adulta, ao menos com a primeira dose, até o final do mês de setembro. Até agora, mais da metade das pessoas com idade acima de 18 anos já receberam a primeira dose (ou a dose única, no caso da Janssen). Nestes próximos três meses – julho, agosto e setembro -, o Paraná precisa aplicar mais 4 milhões de primeiras doses, aproximadamente, para conseguir cumprir a meta.

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