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A espécie de serpente do mar denominada Marginix notatus foi uma das descobertas da pesquisa.
A espécie de serpente do mar denominada Marginix notatus foi uma das descobertas da pesquisa.| Foto: Divulgação/UFPR

Os fósseis de duas espécies até então desconhecidas - uma de serpente e outra de estrela-do-mar - foram descobertos na região dos Campos Gerais, no Paraná. Datados do período Devoniano, que durou de 416 milhões a 359 milhões de anos atrás e foi anterior ao dos dinossauros, os fósseis foram encontrados nos municípios de Jaguariaíva e Ponta Grossa por integrantes do grupo de pesquisa sobre Geologia Exploratória, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A descoberta foi feita durante a realização de um estudo pioneiro que detalha os fósseis de serpentes do mar (ofiuróides) e estrelas-do-mar das rochas do período Devoniano do Brasil. Ao descreverem as amostras coletadas, os pesquisadores perceberam que elas tinham características peculiares que não correspondiam às de espécies conhecidas. Assim, foram identificadas as novas espécies, que fazem parte de dois gêneros e de uma família que também não existiam até então.

Batizada em homenagem ao estado, a família chama-se Paranasteridae. No caso da estrela-do-mar, o gênero que integra esta família foi batizado Paranaster e a espécie, Paranarter crucis. A espécie é caracterizada por ter um corpo coberto por centenas de espinhos. Já a espécie serpente do mar descoberta, que tinha braços curtos e um corpo bastante largo, além de um diâmetro equivalente ao de um prato, faz parte do novo gênero Magnasterella e tem como nome científico Marginix notatus.

De acordo com os pesquisadores, as descobertas são importantes para mostrar a diversidade e as peculiaridades das espécies que viveram nos mares polares durante o período Devoniano. Atualmente existem mais de 2 mil espécies vivas de ofiuróides e mais de 1,5 mil espécies vivas de estrela-do-mar.

A nova espécie de estrela-do-mar foi denominada Paranaster crucis, em homenagem ao estado.
A nova espécie de estrela-do-mar foi denominada Paranaster crucis, em homenagem ao estado.| Divulgação/UFPR
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