A juíza Gabriela Hardt, responsável por conduzir processos da Lava Jato, recebeu o apoio de colegas juízes e desembargadores durante o 9º Fórum Nacional de Juízes Federais Criminais, que aconteceu nos dias 25 e 26 em Foz do Iguaçu (PR). Hardt foi afastada de suas atividades após a decisão individual de Luís Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça, mas teve o afastamento revertido dias depois pelo plenário do CNJ.
Durante o evento, o desembargador Marcello Granado, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, e o juiz federal Walter Nunes, corregedor da Penitenciária Federal de Mossoró, declararam apoio publicamente à colega. "Manifesto solidariedade à colega Gabriela Hardt e ao colega Danilo Pereira Junior", afirmou Granado. Danilo Pereira Júnior é o atual juiz da 13ª Vara de Curitiba, responsável pelos processos da Lava Jato.
Para Salomão, Hardt violou deveres funcionais e éticos ao discutir previamente decisões com membros da força-tarefa. Ela ficou conhecida por homologar um acordo que resultaria na criação de uma fundação privada, que seria gerida pelos próprios membros da força-tarefa e financiada com recursos da Lava Jato.
O afastamento de Hardt foi revogado no dia seguinte pelo plenário do CNJ. Na ocasião, Luís Roberto Barroso, presidente do conselho e do Supremo Tribunal Federal, considerou a decisão "ilegítima, arbitrária e desnecessária". O CNJ ainda vai decidir se Hardt deve responder um processo administrativo.
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