O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), que reúne diversas categorias do funcionalismo estadual, decidiu na manhã desta terça-feira (25) que manterá a paralisação até que o comando geral de greve delibere sobre a possibilidade de suspensão do movimento, conforme solicitado pelo governo de Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). Segundo o governo, a manifestação não afetou os serviços públicos.
A deliberação dos sindicatos irá ocorrer na manhã de quarta-feira (26) e deve contar com representantes de pelo menos 28 categorias, segundo a coordenadora da FES, Marlei Fernandes.
O pedido do governo foi pela suspensão da mobilização por uma semana. Após reunião na segunda-feira (24), por exemplo, foram suspensas as paralisações e operações padrão da Polícia Civil. Desta maneira, as delegacias funcionam normalmente e parte dos professores trabalha.
Os números de participação na paralisação são divergentes. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato), cerca de 80% das escolas do estado aderiram à paralisação parcial ou totalmente -- número na casa dos 120 mil trabalhadores.
Já a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed) informa que registrou adesão total à paralisação em 2,4% dos estabelecimentos e parcial em 27% das 2.143 unidades estaduais. A secretaria considera como adesão parcial a ausência de professores ou servidores administrativos. "Não significa, portanto, que os alunos ficaram sem atendimento", diz nota da Seed.
Em Curitiba, foi registrada adesão parcial em 56% das 163 escolas estaduais e adesão total em duas escolas. Nos demais municípios da região metropolitana, houve adesão parcial em 26% das 250 escolas estaduais e total em 22 escolas.
Desde o início desta manhã manifestantes se reúnem na Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, mas o público também é baixo.
O que pedem os servidores
Os servidores pedem um reajuste de 4,94%, referente à reposição das perdas do último ano. O governo afirma não ter condições de dar o reajuste sob o risco de desequilibrar as contas do estado.
Entre as categorias que aprovaram a paralisação estão professores e funcionários de escolas estaduais, servidores da agricultura e do meio ambiente, agentes penitenciários, peritos, docentes e técnicos das universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG), Londrina (UEL), Maringá (UEM) e Centro-Oeste (Unicentro) e servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Representantes de entidades de policiais civis e militares também participam da manifestação no Centro Cívico em apoio ao movimento, embora não tenham paralisado as atividades.
O que diz o governo
Durante o feriado, o governador Ratinho Junior falou sobre o impasse. “Estamos fazendo esforços, cortando mordomias para construir um projeto que permita, daqui a alguns meses ou no ano que vem, dar reajuste aos funcionários”, disse o governador em entrevista coletiva em Londrina, na última quinta-feira (20). “Minha função como governador é cuidar do equilíbrio e garantir a saúde financeira ao Estado.”
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