Dois guardas municipais de Londrina, no Norte do Paraná, foram presos temporariamente na manhã desta terça-feira (5) por suspeita de envolvimento no assassinato de um adolescente de 16 anos. O homicídio ocorreu na noite do dia 2 de outubro no bairro Jardim Bandeirantes.
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Naquele dia, os dois guardas, que não tiveram os nomes divulgados, estiveram na delegacia de plantão da Polícia Civil e relataram ter avistado um homem em uma moto, que teria fugido em alta velocidade após um barulho de disparo de arma de fogo. No local teria ficado o corpo do adolescente, com quem os agentes ainda teriam apreendido drogas e uma quantidade em dinheiro.
As investigações da Polícia Civil, no entanto, revelaram que o relato dos guardas seria falso. Segundo o delegado João Reis, da Delegacia de Homicídios de Londrina, o adolescente cometia “ato infracional equiparado a tráfico de drogas” e a equipe da guarda municipal teria ido até o local para surpreender a situação. Um dos agentes teria feito o disparo, que entrou pelas costas do adolescente, atravessou o corpo e saiu pelo peito. “Verificou-se também que os guardas ficaram bastante tempo no local com o objetivo de recolher o estojo da munição que foi disparada”, disse Reis em entrevista coletiva.
Ainda de acordo com o delegado, uma testemunha que estava no local disse ter sido coagida pelos guardas para confirmar a versão deles. “Há indícios de crimes de fraude processual, coação de testemunha e homicídio, que pode ser culposo, com dolo eventual ou com dolo direto”, disse o delegado. Segundo ele, as investigações continuam para se identificar a conduta adotada pelos suspeitos.
Além disso, não está claro se houve a participação de outros guardas municipais e se os dois que se apresentaram na delegacia de plantão naquela noite participaram diretamente do homicídio ou se apenas ajudaram a acobertar o crime.
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