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Barragem do Iraí
Barragem do Iraí| Foto: Arquivo AEN

A pedido do Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR), o juiz de Direito Substituto Pedro de Alcântara Soares Bicudo, da Vara Cível de Piraquara, determinou a suspensão das atividades da JF Mineradora no bairro Guarituba, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. A empresa tem extraído areia em cavas e, de acordo com o MP, a atividade traz impacto direto no funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA) Iraí, afetando o fornecimento de água na RMC.

A liminar foi assinada nesta segunda-feira (5), no bojo de uma ação civil pública proposta pelo MP na mesma data. No mérito, o MP quer o cancelamento da licença de operação da empresa no local (obtida em 2018) e que seja feita a recomposição de áreas afetadas. O MP também pede o pagamento de indenização por danos ambientais irreparáveis e danos morais coletivos.

A Gazeta do Povo ligou para a empresa, na tarde desta terça-feira (6), mas ainda não conseguiu contato.

De acordo com o MP, por descumprirem as condições determinadas na licença de operação emitida pelo Instituto Água e Terra (IAT), as atividades da mineradora chegaram a interromper a operação da ETA Iraí, comprometendo o abastecimento de água. A empresa também chegou a ser multada duas vezes por lançar no Rio Piraquara a água proveniente da lavagem de areia, em desacordo com a licença de operação. O MP aponta que, em função da comunicação da ETA Iraí com a ETA Iguaçu (maior estação de tratamento de água da região de Curitiba), a poluição do Rio Piraquara causada pelos rejeitos da atividade da mineradora pode causar a paralisação das duas estações, afetando o abastecimento de água de quase 2 milhões de pessoas.

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