O júri popular do médico Raphael Suss Marques, acusado de matar a fisiculturista Renata Muggiati em 2015, foi marcado para ocorrer entre os dias 6 e 8 de fevereiro de 2023. Suss, que era namorado de Renata, irá responder pelos crimes de fraude processual, homicídio qualificado e lesão corporal. O médico segue preso desde fevereiro deste ano.
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A decisão pelo júri popular de Raphael foi tomada em outubro de 2019, pela juíza Tais de Paula Scheer, do 1.º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba. A decisão, na época, também manteve a prisão preventiva do acusado. No ano passado, a família de Renata Muggiati pediu a cassação do registro profissional de Suss ao Conselho Regional de Medicina do Paraná. Em janeiro de 2020, ele foi autorizado a exercer a medicina dentro de presídios da Grande Curitiba.
Em nota, a defesa da família de Renata Muggiati informou que recebeu “com alívio a notícia de que o júri popular enfim foi marcado. Há total confiança no trabalho do Poder Judiciário, na dedicação do Ministério Público e no senso de justiça dos paranaenses. Raphael Suss Marques será condenado e a justiça prevalecerá”, diz a nota.
A reportagem tenta contato com a defesa do acusado.
Relembre o caso
Renata Muggiati morreu na madrugada do dia 12 de setembro de 2015, quando caiu do 31º andar de um prédio da Rua Visconde do Rio Branco, na esquina com Comendador Araújo, no Centro de Curitiba. Na noite do crime, Raphael Suss Marques teria dito à Polícia Militar (PM) que a mulher se jogou do prédio, porém, o trabalho de investigação da Polícia Civil e exames complementares realizados pela Polícia Científica mudaram o rumo do caso. A polícia encontrou elementos que pudessem acusá-lo de asfixiar e depois jogar o corpo da atleta pela janela, simulando então um suicídio.
Pouco depois da morte, os laudos sobre a morte se contradiziam: enquanto outros exames diziam que ela tinha sido assassinada, pois ela já estaria morta quando foi jogada pela janela do apartamento, o laudo de necropsia, feito por Daniel Colman, dizia que ela morreu quando caiu ao solo, ou seja, que ainda estaria viva quando caiu do prédio.
Na época, Suss negou o homicídio. Ele se defendeu dizendo que Renata sofria de depressão e que já tinha tentado suicídio outras duas vezes. O corpo da atleta foi exumado, a junta médica concluiu o homicídio com um novo exame, e Suss, que foi preso algumas vezes novamente, ficou detido até agosto de 2017, quando conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade.
Nova prisão foi após Raphael Suss frequentar jogos de pôquer
Em 26 de fevereiro de 2019, o médico teve novamente pedida sua prisão pela juíza Taís de Paula Scheer. A magistrada determinou que a frequência de Marques em uma casa de pôquer da capital violava uma das condições para a sua liberdade.
De acordo com o despacho da juíza, entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, Marques descumpriu a ordem de recolhimento e não estava em seu domicilio após as 22 horas, o que foi contra as normas impostas pela justiça para a liberdade.
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