Foram sorteados nesta sexta-feira (15) os jurados que integrarão o júri de Jorge Guaranho, o agente penal federal acusado de matar o ex-tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu Marcelo Arruda. O julgamento está marcado para 4 de abril e já poderia ter ocorrido no fim do ano passado, mas a defesa de Guaranho pediu o adiamento.
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O crime aconteceu em julho de 2022, durante a festa de aniversário de Arruda, em Foz do Iguaçu. Guaranho, que está preso, é acusado de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por se considerar perigo comum, já que os disparos foram efetuados em local onde estavam diversas outras pessoas. Para o Ministério Público, o crime teve motivações políticas.
Ao todo, a Justiça sorteou 35 jurados. Destes, sete serão selecionados para formar o Conselho de Sentença no dia do julgamento. Defesa e acusação poderão dispensar até três destes jurados sem qualquer justificativa. Os sorteados poderão participar de outros julgamentos durante o mês.
Outras 35 pessoas foram escolhidas como suplentes para o júri. Esta medida é necessária para garantir a presença de um Conselho de Sentença completo após eventuais dispensas. Uma vez sorteado, um jurado precisa estar disponível para o júri, mas pode ser dispensado se apresentar um justo impedimento.
Prisão de Guaranho aconteceu poucos dias depois do crime
O policial penal foi preso poucos dias depois da morte de Arruda, assim que deixou o hospital. Guaranho ficou ferido após ser atingido por disparos, segundo as investigações policiais, feitos pelo guarda municipal antes de morrer. Guaranho também foi agredido por integrantes da festa durante a qual o petista foi morto.
O que dizem as defesas
Os advogados que acompanham a família de Arruda e atuam como assistentes de acusação disseram esperar que "casos como este não mais se repitam, com a realização da mais pedagógica Justiça” e que a família aguarda uma atuação serena, técnica e equilibrada do Ministério Público, “de comportamento irrepreensível”.
Já a defesa do policial penal disse que aguarda pelo julgamento o mais rápido possível para que o policial possa “provar sua inocência e que a injusta prisão” de Guaranho seja reparada. O policial penal é mantido em custódia no Complexo Médico-Penal (CMP) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
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