Os metalúrgicos da Renault de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, decidiram iniciar nesta sexta-feira (6) uma greve por tempo indeterminado. A assembleia foi liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC).
De acordo com o sindicato dos trabalhadores, a paralisação na linha de produção é uma resposta à Participação nos Lucros e Resultados (PLR-2022/23), afetada pelos ajustes da montadora nas bases de um acordo firmado em 2020. Além do número de trabalhadores, que, segundo o sindicato, teria sido reduzido de cerca de 7 mil para cerca de 5 mil em dois anos, a velocidade da linha de produção teria baixado de dois turnos para um turno e meio.
Sindicato diz que participação nos lucros está fora da realidade
Ainda de acordo com o SMC, a greve também é motivada pelos cerca de 2 mil desligamentos realizados pelo Plano de Demissão Voluntária (PDV) em 2020. De acordo com o Sindicato, "mesmo atingindo a difícil meta estipulada em 198 mil automóveis neste ano, o valor total projetado da PLR (R$ 15.400,00 por trabalhador) está fora da realidade de negócio da empresa, que aumentou o preço do carro em mais de 30% em dois anos". O sindicato deve realizar nova assembleia na segunda-feira (9).
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Renault diz que atual situação está dentro do acordo
Em nota, a Renault do Brasil informou que o Acordo Coletivo de Trabalho foi aprovado em assembleia promovida pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba em 11 de agosto de 2020. Além disso, a empresa reforçou que o documento tem duração de quatro anos, com vigência de setembro de 2020 a agosto de 2024. "A Renault tem cumprido com o acordo coletivo, em sua totalidade. E está aberta ao diálogo, já tendo realizado diversas reuniões com o sindicato nas últimas duas semanas".
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