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Sergio Moro (União-PR) acumula decisões e medidas de combate à escalada do crime organizado.
Sergio Moro vê como indispensável presença do assessor especial da Presidência da República no Senado| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador paranaense Sergio Moro (União Brasil-PR) protocolou nessa segunda-feira (16) requerimento para que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional convoque o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, para comparecer à reunião extraordinária agendada para quarta-feira (18) no Senado. O gabinete do parlamentar está na expectativa que o documento seja colocado na pauta e votado pelos demais senadores.

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“Não sei se irá ser deferido e se será chamado já nesta quarta, mas vamos insistir que se não for nesta, seja na próxima semana em uma nova audiência já que ele [Celso Amorim] tem sido o principal protagonista da diplomacia presidencial, ou seja, da diplomacia do presidente Lula”, explica o senador em entrevista à Gazeta do Povo.

“A gente espera uma atitude do governo Lula que seja mais rigorosa com o terrorismo e atentados. Embora os crimes praticados no Oriente Médio tenham por alvo o povo judaico, eles atingiram um nível de atrocidade e brutalidade contra a humanidade, definidos assim, pelo Estatuto do Tribunal Penal de Roma”, ressalta.

Segundo Moro, é essencial a realização desta audiência pública para debater a grave crise internacional ocasionada pelo ataque terrorista do Grupo Hamas, no dia 7 de outubro, e tensão atual no conflito entre Israel e os terroristas do grupo que dominam a Faixa de Gaza.

“Nós gostaríamos de ver uma ação mais efetiva e uma postura mais crítica do Governo Lula a esses fatos e não estamos vendo. Um dos motivos de chamarmos [Celso Amorim] é indagá-lo sobre quais as ações existem, as reações do Governo Lula e por que não está sendo tomada uma atitude mais incisiva”, questiona.

No documento de convocação, o senador paranaense completa que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional já havia convocado em dia 12 de outubro de 2023 para esta mesma reunião o atual ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira que para esclarecimentos sobre a "posição da Diplomacia brasileira e sobre a repatriação de brasileiros”.

Nessa segunda-feira, Celso Amorim chegou a afirmar que vê o conflito se alastrando, sob o risco de se espalhar e citou como aspectos complicadores os ataques próximos à Síria. No domingo, o senador Sergio Moro declarou que a guerra tem servido para que Lula “exercite sua megalomania diplomática”.

No fim de semana, Celso Amorim chegou a afirmar que o que governo está em contato “com pessoas do Hamas” e que classificá-lo como grupo terrorista poderia prejudicar negociações, ao se referir à retirada dos brasileiros da Faixa de Gaza. O Hamas é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia, mas não pelo Brasil.

Até a manhã desta terça-feira (17), a Comissão de Relações Exteriores confirmava apenas a presença do ministro Mauro Vieira com o objetivo de ouvi-lo como "convidado" sem citar o assessor especial Celso Amorim. A reunião começa partir das 13h desta quarta-feira.

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