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O senador Sergio Moro (União-PR) criticou decisão de Toffoli que anulou provas da Odebrecht.
O senador Sergio Moro (União-PR) criticou decisão de Toffoli que anulou provas da Odebrecht.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Em pronunciamento no plenário do Senado Federal, nesta quarta-feira (13), o senador Sergio Moro (União-PR) lamentou a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular todas as provas obtidas no acordo de leniência firmado entre a empresa Odebrecht e a Operação Lava Jato. O senador reiterou que foi "o maior acordo, até então celebrado, de recuperação de valores desviados, na prática, por subornos, subfaturamentos que envolveram diversas estatais brasileiras".

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"Esse acordo de leniência, atacado agora, é um acordo que prevê a recuperação, de pagamento pela Odebrecht, de R$ 3 bilhões para o Brasil. É um acordo maior de R$ 3,8 bilhões, que envolveu outros países que fizeram simultaneamente o acordo, como os Estados Unidos e a Suíça, cada um recebendo a sua parte diretamente da Odebrecht, não teve dinheiro saindo do Brasil para esses países. A Odebrecht pagou diretamente porque teve que fazer um acordo com essas três jurisdições porque cometeu crimes nos três países, mas foi um acordo muito elogiado", relembrou o senador.

O ex-juiz da Operação Lava Jato destacou que a decisão de Toffoli foi baseada em premissas falsas, com informações prestadas pelo Ministério da Justiça. "Uma decisão que apontava para uma anulação de centenas de investigações, de casos que têm que ser investigados, porque temos que apurar essas suspeitas de suborno, de corrupção", afirmou.

"Não só isso, uma decisão que diretamente beneficiou o presidente Lula, e uma decisão que foi proferida por um Supremo que foi enganado por informações falsas prestadas pelo Ministro da Justiça".

Senador Sergio Moro (União-PR)

Nas redes sociais, Moro também criticou a decisão de Toffoli. Ele disse que não há "deboche" que mude os fatos de que a corrupção dos governos petistas foi real e de que a Operação Lava Jato recuperou R$ 6 bilhões. "O Ministério da Justiça de Flavio Dino produziu informações falsas para o STF sobre a cooperação da Lava Jato com a Suíça no caso Odebrecht. Com isso enganou um Ministro e obteve uma decisão favorável a Lula e que prejudicou centenas de investigações", afirmou em uma postagem na rede social.

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