A healthtech curitibana Munai foi selecionada pela Fundação Bill & Melinda Gates para desenvolver um projeto de inteligência artificial em saúde voltado à promoção do uso racional de antibióticos. As informações são da Prefeitura de Curitiba.
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A empresa, que faz parte do Vale do Pinhão, foi uma das 51 selecionadas dentre 1,3 mil projetos do mundo todo e vai receber US$ 85 mil (cerca de R$ 418 mil) para desenvolver um assistente virtual que automatiza protocolos hospitalares para combater a resistência antimicrobiana (RAM), que é a capacidade de micróbios ou bactérias não sucumbirem aos efeitos de medicações como antibióticos, um dos principais problemas sanitários mundiais.
O projeto selecionado é um assistente virtual que automatiza protocolos hospitalares, integrando tecnologias de conversação por inteligência artificial, as Large Language Models (LLM), como o ChatGPT, à plataforma de inteligência clínica da Mumai para melhorar a adesão ao Programa de Gestão de Antimicrobianos (ASPs). Dessa forma, a ferramenta dará suporte à prescrição de antibióticos por equipes médicas, favorecendo a utilização racional do medicamento.
“É alarmante pensar que cerca de metade das prescrições de antibióticos são desnecessárias, contribuindo para o aumento global de resistência antimicrobiana”.
Médico infectologista e fundador da Munai, Hugo Morales
Pesquisas apontam que 23% das infecções no Brasil são causadas por bactérias resistentes a antibióticos, com custo estimado de US$ 72 milhões em estadias hospitalares adicionais. A falta de acesso a protocolos atualizados e as dificuldades em obter um histórico médico completo dos pacientes no ambiente hospitalar são as principais causas para essas falhas na prescrição, enumera o infectologista.
A nova tecnologia que a Munai vai desenvolver busca minimizar esses fatores. A solução poderá ser totalmente integrada a sistemas que já possuem prontuário eletrônico, como é o caso de Curitiba, cidade pioneira no país na implantação de sistemas integrados de prontuários, no SUS Curitibano.
A Munai está no estágio de coleta de informações para treinar a inteligência artificial para responder todas as questões médicas referentes a protocolos hospitalares. A previsão é que os primeiros resultados sejam divulgados em outubro.
O cofundador e CEO da Munai, Cristian Rocha, destaca que o investimento permite à healthtech promover o projeto em escala global, ampliando a atuação internacional da empresa. Além dos recursos financeiros e todo o suporte em relação às práticas legais, éticas, de segurança e de qualidade para desenvolver o assistente a partir de Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLM), o investimento prevê a validação do projeto para ser aplicado em hospitais brasileiros e instituições internacionais de saúde.
Munai utiliza IA para automatizar processos na área da saúde
A Munai é uma healthtech criada em 2019 para aumentar a qualidade, a eficiência e a escalabilidade dos serviços de saúde por meio de tecnologia. Nascida em Curitiba, a empresa utiliza inteligência artificial para otimizar e automatizar tarefas e processos no setor de Saúde, entre o pré e o pós-consulta para hospitais, operadoras e secretarias de saúde, ofertando sugestões para profissionais do setor por meio de soluções como gestão de pacientes, análise de dados, monitoramento remoto e teleconsulta.
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