O Paraná está entre os seis estados que, na contramão do cenário atual, tiveram alta na produção industrial de fevereiro para março deste ano. A média nacional é de retração de 1,3%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados nesta quarta-feira (8) com informações de 15 estados, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os dados, o Paraná cresceu nesse período de um mês: 1,5%. O número fica um pouco maior quando a comparação é anual, feita com relação a março de 2018 – de lá pra cá, a evolução foi de 2,4%. Produtos alimentícios (açúcar cristal, carnes e miudezas de aves congeladas, rações e carnes de bovinos congeladas), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e álcool etílico) e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita) foram os destaques positivos do estado.
O desempenho paranaense nesses 12 meses, porém, é inferior ao dos vizinhos da região Sul. Rio Grande do Sul (3,4%) e Santa Catarina (3,0%) tiveram avanços ligeiramente maiores na produção entre março de 2018 e de 2019.
Segundo o IBGE, a indústria gaúcha foi impulsionada pelas atividades de bebidas (vinhos de uva, cervejas, chope e refrigerantes) e veículos automotores, reboques e carrocerias (carrocerias para ônibus e reboques e semirreboques). Já a indústria catarinense foi puxada pelas atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (refrigeradores ou congeladores para uso doméstico e transformadores) e máquinas e equipamentos (silos metálicos para cereais).
Produção em 2019
O Estado de São Paulo, maior parque industrial do país, registrou queda de 1,3%, a mesma variação verificada na média global da produção, como informou o IBGE semana passada.
As quedas mais intensas foram no Pará (-11,3%) e na Bahia (-10,1%). Região Nordeste (-7,5%), Mato Grosso (-6,6%), Pernambuco (-6,0%), Minas Gerais (-2,2%) e Ceará (-1,7%) também tiveram baixas mais acentuadas do que a média nacional, segundo o IBGE. Amazonas registrou -0,5%.
Na contramão, Espírito Santo (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%) e Goiás (2,3%) tiveram as maiores altas. As demais taxas positivas, além do Paraná, foram justamente nos outros estados do Sul: Santa Catarina (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,0%).
Em um ano
Na comparação com março de 2018, a queda de 6,1% na média nacional da indústria foi influenciada pela baixa em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE. Em São Paulo, a queda foi superior à média, com recuo de 7,3%.
Os recuos mais intensos foram no Pará (-12,5%), Mato Grosso (-12,3%), Espírito Santo (-11,1%) e Amazonas (-10,8%), "pressionados pelos setores de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no primeiro local; de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas), no segundo; de celulose, papel e produtos de papel (celulose), indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo) e produtos alimentícios (bombons e chocolates em barras, carnes de bovinos frescas, refrigeradas e congeladas e queijos), no terceiro; e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores), no último", diz a nota divulgada pelo IBGE.
Além de São Paulo, Minas Gerais (-8,2%), Região Nordeste (-7,0%) e Bahia (-6,6%) também registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional, informou o IBGE. Ceará (-5,4%), Pernambuco (-4,4%), Rio de Janeiro (-1,4%) e Goiás (-1,1%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção em março ante igual mês de 2018.
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