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Paraná teve um crescimento no volume de vendas de consórcios de 8,4% no primeiro semestre de 2023.
Paraná teve um crescimento no volume de vendas de consórcios de 8,4% no primeiro semestre de 2023.| Foto: Oleksandr Pidvalnyi/Pixabay

A alta na taxa de juros e os novos hábitos de compra estão impulsionando o setor de consórcios. O Paraná está entre os cinco estados com maior volume de vendas de cotas de consórcio no primeiro semestre deste ano, com mais de 750 mil consorciados ativos. Outros estados com maior volume de vendas do segmento são São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul.

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O Paraná teve um crescimento no volume de vendas de consórcios de 8,4% no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento maior foi registrado no Rio Grande do Sul, com 12,5%, e, em seguida, Minas Gerais, com um crescimento de 11,7%. Os dados são da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

O crescimento no consórcio é uma tendência nacional. Em 2022, foram liberados R$ 252 bilhões por meio desse mercado. Até junho deste ano, o setor movimentou mais de R$ 144 bilhões em créditos comercializados, um aumento de 20% em relação ao período anterior.

Para Luís Toscano, vice-presidente de Negócios da Embracon e especialista em estratégia, administração e negócios pela Universidade de Berkeley, há um conjunto de fatores que resultam no crescimento contínuo do setor no país. “O consórcio surgiu porque estamos em um país com taxa de juros elevada. Dessa forma, o consumidor a cada dia está se sofisticando, entendendo mais de economia e pesquisando. Quando pesquisa, entende que o consórcio não tem juros e nem entrada. A ausência de juros e o comportamento do consumidor são os principais fatores do aumento de consórcio”.

Consórcio de carros é o mais procurado

O vice-presidente de Negócios da Embracon pontua que o sistema de consórcio vem crescendo no Brasil há 60 anos. Ele destaca que há dois momentos que trouxeram mais credibilidade ao segmento. “Sempre cresce. Mas o que trouxe credibilidade foram a entrada do Banco Central como órgão fiscalizador e a Lei de Consórcio de 2008”.

Segundo Toscano, o primeiro consórcio foi de carro e até hoje é o segmento mais procurado pelos consumidores. De acordo com dados da Abac, no último ano 32,4% dos créditos comercializados foram para veículos leves e 16,6% para veículos pesados, além de 42,2% para imóveis.

“A maior procura continua sendo para carros. O segmento imobiliário cresce muito. Hoje tem outros setores que procuram consórcio, como para máquinas e equipamentos agrícolas, ônibus e prestação de serviços também”, complementa Toscano.

Com juros baixos, segmento atrai consumidores 

Para a conquista da casa própria, Adriane e Gilberto Lazarini começaram a pagar o consórcio em 2019 e foram contemplados em maio do ano passado. “Pela questão de juros mais baixos que o financiamento e, por experiências passadas de outro consórcio de carro, fizemos e gostamos da experiência”, relata Adriane.

O analista de desenvolvimento de software Ricardo Augusto de Oliveira também conta que já teve vários consórcios. O primeiro foi de um automóvel, em 1999. “Escolhi o consórcio, pois o valor final é bem menor que um financiamento. É também uma certa forma de economia e investimento, principalmente no meu caso que não tenho o hábito de guardar dinheiro”, diz.

Como há vários planos e valores, Oliveira afirma que as parcelas eram acessíveis para ele. “É um valor que a gente vai pagando e não sente, e acabamos fazendo economia e investimento. Também temos a opção de vender a carta mesmo sem ser contemplada caso ocorra algum imprevisto e precise de algum um dinheiro”.

Para o vice-presidente de Negócios da Embracon, o consórcio ainda tem espaço para crescer. Com o tempo, acho que as administradoras podem até diminuir, vão ficar as maiores. Acredito que o consórcio vai continuar com essa trajetória de crescimento”, ressalta.

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