Foi aberta no fim do ano passado a consulta pública para os leilões de arrendamento de duas áreas no Porto de Paranaguá, que devem acontecer ainda no primeiro semestre. A maior dessas áreas é destinada à operação de granéis líquidos, um segmento que vem crescendo no Brasil e demandando novos investimentos em infraestrutura portuária. Com isso, a expectativa é de que o leilão atraia grandes empresas do setor e aumente a movimentação em um segmento que ainda é secundário no porto paranaense.
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Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), de janeiro a outubro do ano passado os portos brasileiros movimentaram 235,5 milhões de toneladas de granéis líquidos, um incremento de 14,11% em relação ao mesmo período de 2019. Fazem parte desse grupo combustíveis e químicos, e líquidos de origem vegetal, como óleo de soja e sucos. Nos portos do Paraná (Paranaguá e Antonina), foram movimentadas 7,6 milhões de toneladas de granéis líquidos, 10% a mais do que no ano anterior.
Segundo a Associação Brasileira de Terminais de Granéis Líquidos (ABTL), que reúne 27 terminais no país, o aumento na movimentação de líquidos se deu principalmente em razão das importações de derivados de petróleo e da exportação do etanol. “A expectativa é de que as políticas adotadas pelo governo na infraestrutura e de desburocratização regulatória para atrair investimentos internos e externos continue promovendo o aumento na movimentação do setor”, afirmou o presidente da ABTL, Carlos Kopittke, em entrevista à revista Portos e Navios.
Nos portos paranaenses, a movimentação de granéis sólidos representa 65% do total, sendo que a soja compreende o maior volume. Ainda assim, a Cattalini Terminais Marítimos, principal operadora de granéis líquidos no Porto de Paranaguá, previa fechar o ano de 2020 com 4,4 milhões de toneladas movimentadas, um aumento de quase 16% em relação a 2019. A empresa é responsável por até 68% do óleo vegetal exportado no Brasil.
A PAR50, área que será leiloada pela Portos do Paraná, tem uma área total de 85.392 metros quadrados junto ao píer de inflamáveis. O arrendamento prevê instalações de armazenagem de uso misto, com 18 tanques verticais já instalados e capacidade total de aproximadamente 70 mil m², além de sistemas de tubulações, bombeamento, áreas administrativas e de utilidades. O prazo de arrendamento é de 25 anos, podendo ser prorrogado.
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