Planos para privatizar a Rodoviária de Londrina estão sendo retomados pela administração municipal. Segundo Marcelo Cortez, diretor-presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), os estudos para analisar a viabilidade da concessão começaram em 2019 e uma parte das informações já foi repassada à Secretaria Municipal de Governo, mas a pandemia de Covid-19 paralisou as discussões.
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“Em 2020, não pudemos dar sequência, devido a todos os fatos que aconteceram e outras urgências que acabaram surgindo, então deixamos um pouco de lado. Mas agora estamos retomando essa discussão, que é importante para Londrina. Muitas vezes, a iniciativa privada tem a possibilidade, a expertise e até mesmo mais facilidade que o poder público para a exploração desses espaços e para a gente poder melhorar a qualidade do serviço”, explica.
Embora não tenham sido estipulados prazos, as conversas foram retomadas devido à perspectiva de fim da pandemia até o fim do ano: até esta quinta-feira (29), 109.199 londrinenses haviam recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e 57.273 a segunda dose. Segundo a estimativa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Londrina tinha no ano passado 575.377 habitantes.
“Logicamente, se a municipalidade entender pela concessão, isso deve ser precedido de um projeto de lei a ser discutido e aprovado pela Câmara Municipal para posteriormente a gente abrir um procedimento licitatório para a concessão e que a iniciativa privada possa vir a administrar a rodoviária. Sempre lembrando que caberia ao município a regulamentação para que a sociedade de Londrina e todos os usuários tenham garantido um serviço de qualidade”, acrescenta Cortez.
Devido à Covid-19, o movimento na Rodoviária de Londrina caiu mais de 50% em comparação ao período pré-pandemia. De janeiro a março de 2019, haviam sido registrados 204.443 embarques no terminal e 196.991 desembarques. Já no primeiro trimestre de 2021, foram 90.303 embarques e 86.446 desembarques.
Cortez destaca, entretanto, que a Rodoviária de Londrina não tem sido deficitária nos últimos anos, e que o objetivo com a possível concessão seria melhorar a infraestrutura do terminal. “Embora a rodoviária tenha seu sistema e consiga se manter, nós temos dificuldade na capacidade de investimentos. Muitas vezes nós precisamos investir, por exemplo, para trocar toda a malha asfáltica, questões estruturais, mas temos dificuldade”, argumenta.
No dia 7 de abril, o Aeroporto de Londrina/Governador José Richa teve concessão leiloada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) junto com outros oito aeroportos do Sul do Brasil, entre eles o Afonso Pena, o Bacacheri e o Cataratas/Foz do Iguaçu. Eles serão administrados pela concessionária CCR durante 30 anos.
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