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Romeu Zema diz que prefere apoiar um "bom nome" do que ser apoiado nas eleições de 2026.
Romeu Zema defende que estados do Sul e Sudeste devem indicar “um bom nome” para a presidência em 2026.| Foto: Rubens Nemitz Jr/LidePR

Embora tenha o nome envolvido em especulações sobre uma possível candidatura à presidência ou vice-presidência da República nas eleições de 2026, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), diz que ainda prefere “apoiar do que ser apoiado”. A declaração foi feita durante evento da organização Lide Paraná, que reuniu executivos de diversos segmentos empresariais em Curitiba nesta segunda-feira (3). O governador mineiro participou de um debate sobre o fomento de relações de negócio entre os dois estados.

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Questionado pela Gazeta do Povo sobre a expectativa de disputar as próximas eleições presidenciais, Zema – que cumpre segundo mandato – afirma que 2026 ainda está muito distante para a discussão. Para ele, a prioridade, agora, é dar conta de suas atribuições enquanto governador. “Tive uma primeira gestão em que atuei quase que como um bombeiro. Apagando incêndios. Assumi um estado arrasado e agora estou tendo a oportunidade de levar adiante uma série de melhorias”, disse.

O nome de Romeu Zema tem sido cogitado para o pleito. Uma pesquisa feita em abril pelo Genial/Quaest apontou o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), como favorito à presidência nas eleições 2026. Zema também foi citado, ficando como terceira opção na visão dos entrevistados, atrás da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Além disso, o recente julgamento que tirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) das próximas eleições passou a fomentar com mais força o debate a respeito dos futuros candidatos. A direita parece convicta de que Tarcísio deveria liderar uma chapa como candidato apto a vencer Lula. E Romeu Zema é um dos apontados para vice.

Por enquanto, Zema afirma que o melhor caminho seria que os governadores dos estados do Sul e do Sudeste se unissem para encontrar “um bom nome” para a presidência, e que todos apoiassem a indicação em uníssono.

Se seria o dele este nome, o governador mineiro não deixa claro, mas dá a deixa de que prefere os bastidores - pelo menos por enquanto. “Espero que seja alguém que faça um bom trabalho para o Brasil, que eu vou dar meu total apoio. Prefiro apoiar do que ser apoiado. Tenho muito o que fazer lá em Minas.” A deixa também pode ser um indicativo de que Zema seja um nome para disputar o Senado pelo estado, nas eleições de 2026.

Com Ratinho Junior

A passagem de Zema pelo Paraná foi para participar de eventos com empresários e reuniões políticas, por conta de uma convenção nacional realizada durante o último final de semana com mandatários do Partido Novo em Curitiba.

Na manhã de segunda, Zema encontrou o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD-PR), em uma reunião a portas fechadas. A pauta, segundo ele, foi focada no fortalecimento do Cosud, o Consórcio de Integração Sul e Sudeste, e na parceria entre os estados para provocar alterações na proposta da reforma tributária, em trâmite na Câmara dos Deputados e que pode ir a votação ainda esta semana.

Ratinho Junior foi eleito presidente do consórcio no último encontro realizado pelo grupo, que reúne os governadores dos sete estados das duas regiões, em Belo Horizonte.

“Estamos trabalhando em conjunto porque somos estados muito semelhantes, com um desenvolvimento superior à média nacional. Estados que representam mais de 70% da economia do Brasil”, disse Zema.

O governador paranaense também dá indicativos de se preparar para uma possível disputa presidencial. Ratinho Junior usa do trunfo de ter recentemente obtido a aprovação mais alta entre os governadores, em pesquisa realizada nas capitais brasileiras, e do posicionamento econômico favorável do Paraná no cenário nacional, com crescimentos seguidos do PIB acima da média nacional e ocupando a posição de 4ª maior economia do país.

Zema também angaria bons resultados nas avaliações eleitorais em Minas. A última pesquisa Genial/Quaest, divulgada em abril, mostrou que o segundo mandato do governador estava sendo aprovado por 59% dos mineiros.

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