Votação dos professores e funcionários de escolas estaduais em assembleia da APP-Sindicato.| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Os professores e funcionários de escolas estaduais do Paraná, em Assembleia da APP-Sindicato realizada neste sábado (13), na frente do Palácio Iguaçu, em Curitiba, decidiram pela suspensão da greve que começou no dia 25 de junho. Em votação bastante acirrada, a maioria optou pelo fim temporário do movimento após nova proposta feita pelo governo do estado na noite anterior, que prevê, entre outros pontos, um reajuste parcelado. A primeira parcela seria de 2%, paga em janeiro de 2020; as outras duas, de 1,5% cada, ficariam para janeiro de 2021 e 2022, mas condicionadas ao aumento de receita do estado.

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Ficou decidida também uma nova assembleia para o dia 10 de agosto, ainda sem local definido.

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"A maioria entendeu que essa era a melhor medida para esse momento porque avançamos em pontos importantes na negociação com o governo e tínhamos que colher isso", explicou o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, que defendeu a suspensão da greve durante o encontro sindical. "Algumas pautas eram muito antigas, como o tema da saúde, da Conferência da saúde dos trabalhadores. E um ponto importantíssimo foi a retirada do projeto de lei 04, além do pagamento do salário mínimo regional, do reajuste do vale transporte e auxílio-alimentação. Não podíamos desperdiçar essa proposta que atende uma pauta muito justa", complementou.

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Ele destacou, porém, que alguns pontos continuam na mira dos servidores, como os critérios para contratação de PSS e da realização do concurso público anunciado pelo governo.

A proposta feita pelo governador Ratinho Junior, que chegou a anunciar o fim da greve antes mesmo das assembleias das categorias, inclui, além do reajuste: a realização de concursos públicos para contratação de quase 6 mil novos servidores; reajustes no auxílio-alimentação, vale-transporte e salário mínimo regional, que teriam impacto de R$ 23,8 milhões no orçamento de 2019; contratação de peritos médicos para oito polos no interior do estado, que custariam R$ 1,6 milhão no ano; envio de um substitutivo geral do projeto de lei 04/2019, retirando o congelamento de promoções, progressões e reposição salarial; manutenção do programa de anuênios e quinquênios, além da manutenção no processo de eleição de diretores de escolas pela comunidade escolar.

"A proposta foi acolhida e referendada pela nossa assembleia, agora vamos ajustar a aplicação do que foi aprovado. E continuar o debate, que tem o apoio dos deputados, sobre itens que a gente entende que podem ser mantidos na mesa de negociação", concluiu Hermes Leão.

Confira a proposta completa:

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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