A obra de transposição do Rio Capivari para a Bacia do Iraí, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, prevista inicialmente para 2025, foi antecipada pela Sanepar e inaugurada nesta quinta-feira (28). O motivo da pressa é minimizar os impactos da crise hídrica que assola o Paraná desde o ano passado.
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Dentre todas as obras de captação de água executadas pela companhia para mitigar os efeitos da estiagem, esta é a que vai garantir maior volume de água ao sistema de abastecimento dos reservatórios da região metropolitana de Curitiba: serão produzidos até 714 litros por segundo – o que representa cerca de 7,8% do consumo de água da região.
O volume passará a compor a reserva da Barragem do Iraí no Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC), que atende dez municípios com água tratada, são eles: Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais.
A obra foi realizada em tempo recorde: cerca de seis meses. Apesar de antecipada, o novo planejamento emergencial previa que a obra fosse concluída no fim de setembro; acabou atrasando por causa de ajustes necessários no canal de escoamento do Rio Timbu - por onde a água passa até chegar à Barragem do Iraí - sendo concluída somente agora. A construção somou R$ 55 milhões em investimentos e, segundo a Sanepar, o estado economizou R$ 10 milhões em relação ao orçamento previsto anteriormente.
A transposição inclui uma combinação de tecnologia e aproveitamento de recursos naturais. O trajeto inicia com a captação da água do Rio Capivari, seguindo para uma estação elevatória de água bruta. Para superar uma altitude de 122 metros do Morro do Roseira, a estação conta com quatro motores com potência de 850 hp cada. Dali, a água é bombeada até o Rio Timbu, onde passa a seguir o curso natural até chegar à Barragem do Iraí, para então ser tratada nos sistemas Iraí e Iguaçu.
A obra incluiu a construção de um canal de entrada e a barragem de nível no Rio Capivari, que vai funcionar com três bombas com potência de 117 hp cada, além dos 10 km de tubulação para levar a água. Um dos trechos ganhou um túnel com extensão de 57 metros para fazer a travessia da tubulação sob a Estrada da Ribeira (BR-476), a partir de uma tecnologia não destrutiva.
Após a fase emergencial, a Sanepar vai construir uma estação para tratar a água do Capivari, o que significa que, no futuro, as adutoras implantadas levarão água tratada e serão conectadas ao reservatório Monte Castelo, já existente, e ao futuro reservatório Roseira.
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