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Show Rural vai expor 31 variedades de inverno, sendo a maioria de trigo com mais de 6 toneladas por hectare de rendimento.
Show Rural vai expor 31 variedades de inverno, sendo a maioria de trigo com mais de 6 toneladas por hectare de rendimento.| Foto: Divulgação/Coopavel

O sucesso na versão de verão do Show Rural, que movimentou mais de R$ 5 bilhões em negócios durante cinco dias em fevereiro e reuniu mais de 384 mil pessoas, inspira uma edição de inverno do evento que, neste ano, chega à quarta edição querendo se consolidar como grande evento nacional que trata do trigo e de culturas de inverno.

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O Show Rural de inverno começa nesta terça-feira (22), com programação até a quinta-feira (24), no Parque Tecnológico da Coopavel, em Cascavel (PR). Segundo a cooperativa organizadora, 20 grandes empresas voltadas ao cultivo, à produção de defensivos, às pesquisas de cultivares e vendedores de máquinas e implementos agrícolas confirmaram presença. A Coopavel não divulga expectativa de público nem movimentação em negócios durante esta edição.

Um dos focos deste ano, conta o diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, está na exposição de variedades e estímulo ao plantio de variedades de trigo que representam produtividade recorde, que podem chegar a 6 toneladas por hectare. Atualmente, as principais variedades plantadas no Paraná rendem menos de quatro mil toneladas por hectare. “Teremos pelo menos 20 variedades de trigo e dez delas alcançando produtividade na casa de 6 mil quilos por hectare, o dobro da média nacional e maior do que temos hoje no estado”, completou Grolli.

No caso do Paraná, segundo maior produtor do cereal do Brasil e que espera colher 4,5 milhões de toneladas neste ano, a expectativa é para estimulo ao cultivo principalmente nas regiões oeste e sudoeste do estado. Suas lavouras têm produtividade média de 3,8 mil quilos por hectare e as duas regiões plantam 434,4 mil hectares do grão. Poderiam mais que dobrar, já que 447 mil hectares ficam disponíveis à cultura nos meses frios do ano, ou seja, sem semeaduras.

“Essas duas regiões produzem 1,41 milhão de toneladas. Aproveitando todo o potencial possível e mantendo a média de produtividade da região, a produção chegaria perto de 3 milhões de toneladas/ano. O valor adicional ao PIB saltaria dos atuais R$ 1,65 bilhão para R$ 3,3 bilhões”, calcula a Coopavel.

Além de focar em cultivares de inverno, com a presença da assistência técnica e a extensão rural, eventos técnicos estão programados para o Show Rural de Inverno. No segundo dia do evento (dia 23), o secretário paranaense da Agricultura, Norberto Ortigara, participa da reunião técnica com prefeitos e líderes regionais no segmento agro para tratar do Processo Simplificado de Adesão ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf/Paraná).

Palestras e demonstrativos de lavouras poderão ser visitados nos três dias do Show Rural de Inverno, com a apresentação de lavouras experimentais de pelo menos 31 variedades de trigo, além de aveia, triticale e plantas de cobertura.

Os participantes também vão encontrar conteúdos específicos sobre pastagens de inverno e manejo. Um dos destaques no segmento será a palestra Lavoura de carne, recria e terminação eficiente e lucrativa, apresentada pelo médico veterinário Eduardo Madruga, gerente técnico regional de uma das principais expoentes em pecuária de corte no Brasil. O acesso ao parque e ao estacionamento são gratuitos. O almoço dos participantes do Show Rural de inverno não terá custos.

Autossuficiência em trigo

No Brasil, o trigo deixou de ser uma tradição de cultivo nas últimas décadas, perdendo espaço para outras lavouras, principalmente para o milho, melhor cotado e com mercado internacional garantido. Essa tendência tem mudado gradativamente.

Neste ano, alavancada por Rio Grande do Sul e Paraná, a produção nacional deverá ultrapassar as 10 milhões de toneladas, diante de uma dependência anual no cenário nacional variando de 11,5 milhões a 12 milhões de toneladas. “Temos capacidade, área, tecnologia, boas variedades e cultura para termos autossuficiência e exportatmos trigo de qualidade. Podemos e vamos chegar lá”, considera Grolli. O Paraná deverá contar com a maior lavoura do grão da sua história. O Rio Grande do Sul espera colher cerca de 5,7 milhões de toneladas.

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