Depois do temporal do último fim de semana, Maringá vai intensificar o trabalho de replantio na cidade. Mais de 500 árvores foram derrubadas no município e 70 postes foram quebrados. Como resultado, 116 mil casas ficaram sem luz no município. A prefeitura recebeu mais de 700 chamados e entrou em alerta máximo.
Conhecida pela arborização, Maringá recebeu neste mês o título de “Cidade Árvore do Mundo”, pela ONU, pelas quase 150 mil árvores plantadas nos parques, praças e calçadas ecológicas. Há cinco anos, o Instituto Ambiental de Maringá desenvolve um plano de arborização. Ele organiza quais espécies devem ser plantadas em cada rua, de acordo com as características de cada local. Devido ao vendaval da madrugada do último sábado (23), as árvores que caíram serão substituídas por plantações que estejam de acordo com o plano da cidade.
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“Antes desses estudos de arborização urbana, por cerca de 70 anos, muitas árvores de espécies inadequadas foram plantadas pelos próprios munícipes. A sibipiruna, por exemplo, é bem comum em Maringá e tem uma curta sobrevida”, explica a presidente do Instituto Ambienal de Maringá, Juliane Kerkhoff. A proposta da prefeitura é que, durante a força-tarefa para replantio das árvores derrubadas pelo temporal, já sejam utilizadas mudas de árvores nativas de maior sobrevida, como o ipê. “É uma árvore de maior densidade e, por isso, mais adequada para a arborização urbana”, conclui Juliane.
A lista de espécies de árvores para plantação foi desenvolvida por engenheiros e biólogos em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e o plano tem financiamento do Fundo de Meio Ambiente do município.
Ao longo da semana, a secretaria de Limpeza Urbana vai fazer a retirada das árvores tombadas, para em seguida dar início ao plantio, como explica o secretário Paulo Gustavo Ribas. “Foi sem dúvida a maior tempestade que a cidade já teve. Agora nossos esforços estão concentrados em consertar os danos causados pelo temporal. Ainda há árvores em cima de casas e fechando vias. E em seguida vamos fazer levantamento de todas as perdas para replantar”, conta o secretário.
Nos últimos dois anos, a prefeitura financia a produção de cerca de 20 mil mudas arbóreas nativas no Viveiro Municipal de Maringá. Elas serão utilizadas tanto em ruas, quanto em praças, parques e fundos de vale. A cidade tem mais de 21 áreas de preservação ambiental, com uma floresta remanescente da Mata Atlântica.
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