A Câmara Municipal de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, aprovou terça-feira (27) a inclusão de líderes religiosos nos grupos prioritários da vacinação da Covid-19. A proposta do vereador Pastor Eduardo Castilhos (PL) foi aprovada por unanimidade pelos 11 vereadores. O prefeito Hissam Hussein (Cidadania) tem 15 dias para sancionar ou vetar o projeto de lei.
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A proposta de prioridade vale não apenas para a vacinação da Covid-19, mas de todas as doenças. "Eu já havia proposto prioridade para a vacinação de líderes religiosos antes da pandemia, no caso, na vacinação da gripe. E agora na pandemia voltei com a proposta", explica Castilhos.
Os líderes religiosos não constam em nenhum dos grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI). Entretanto, estados e municípios têm autonomia para montar seus próprios planos de vacinação, "de acordo com as características de sua população, demandas específicas de cada região e doses disponibilizadas", define o Ministério da Saúde.
O vereador afirma que o principal objetivo de vacinar os líderes religiosos é proteger os fiéis. "Não é só imunizar o líder religioso. A ideia é evitar que o líder religioso se torne um vetor de transmissão do coronavírus, já que está exposto à doença por ter muito contato com os fiéis. A procura pelos líderes religiosos neste momento difícil tem sido muito grande, inclusive quando as igrejas estavam fechadas", aponta o Pastor Eduardo Castilhos. "Quando a pessoa está doente, busca dois atendimentos: o médico e o líder religioso. E muitas vezes o líder religioso é o primeiro", reforça.
Questionado sobre o fato de a vacina impedir apenas a forma grave da Covid-19 e não a transmissão do coronavírus, o vereador de Araucária considerou que mesmo assim a inclusão nos grupos prioritários é um risco menor de contágio. "A pessoa já vacinada pelo menos diminui o risco de transmissão", avalia o pastor.
Último dos prioritários
Castilhos afirma que a inclusão dos líderes religiosos não fura a fila dos grupos prioritários. Segundo o vereador, a intenção é de que pastores, padres e outras lideranças religiosas sejam o último grupo a ser imunizado entre os prioritários.
"A gente avalia que os líderes religiosos seriam o último grupo prioritário a receber a vacina, lá no segundo semestre", prevê. "Além disso, é um grupo muito pequeno, que não vai impactar no plano de vacinação", conclui o vereador.
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