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Prazo para pagamento em parcela única do IPTU em Curitiba, com desconto de 4%,  se encerra no dia 9 de fevereiro | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Prazo para pagamento em parcela única do IPTU em Curitiba, com desconto de 4%, se encerra no dia 9 de fevereiro| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

O prazo para o pagamento à vista do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) vence no dia 9 de fevereiro. Os proprietários de imóveis que optarem pela parcela única terão desconto de 4% no valor do imposto, que sofreu reajuste aprovado no fim do ano passado, de 4% para imóveis com edificação e 7% para terrenos vazios. A outra possibilidade é o pagamento em dez parcelas de no mínimo R$ 20. A pergunta é: qual das duas opções é a melhor?

Antes de tomar uma decisão, é importante olhar para a carteira, entender as condições financeiras para a realização do pagamento e ter um planejamento financeiro definido tanto para o caso de quitação à vista quanto para as prestações ao longo do ano. Segundo estudo realizado pela SPC Brasil, sistema de informações da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), apenas 15% dos brasileiros afirmam ter condições de pagar, com os próprios rendimentos, as despesas sazonais do início do ano, entre elas o IPTU, o IPVA e material escolar. E que 17% dos entrevistados não estipularam nenhum tipo de planejamento para pagar os compromissos do início do ano.

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A vista é melhor, mas vá com calma

A dica do SPC Brasil é, na medida do possível, se livrar do compromisso o mais cedo possível, mantendo alguma reserva específica para esse tipo de imposto (incluindo o IPVA). E sugere ainda que o proprietário avalie se o desconto oferecido é maior do que o valor o dinheiro renderia se fosse empregado em alguma aplicação financeira.

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Como o IPTU em muitos casos, incluindo Curitiba, pode ser parcelado em até dez vezes, o pagamento à vista se torna vantajoso se o desconto for superior a 1,5%, “considerando uma aplicação alternativa que renda 0,4% ao mês, como é o exemplo da poupança, que não cobra taxas de resgate”. De acordo com o documento, como a média de desconto dadas pelos municípios é de 10%, na maioria dos casos o pagamento em parcela única costuma ser a melhor opção e deve ser prioridade do proprietário.

O SPC entende, no entanto, que o proprietário que não conta com um dinheiro guardado adote o pagamento a prazo e, simultaneamente, se planeje para, em 2019, tentar tirar do radar, já no início do ano, o IPTU com o pagamento à vista. O mesmo exercício vale para o IPVA.

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André Chede, planejador financeiro da PHI Investimentos, concorda com a orientação do pagamento à vista – para quem tem condições de dispor do valor total com desconto em uma única parcela – a partir de uma simulação de IPTU no valor de R$ 1 mil.

Neste caso, o pagamento à vista com o desconto de 4% sairia por R$ 960. Se o proprietário, em vez de quitar em uma parcela única, optar por aplicar os R$ 960 em um investimento de renda fixa, como a poupança, por exemplo, e a cada mês sacar deste investimento os R$ 100 da parcela, considerando o rendimento de 0,4% ao mês, no final do período o proprietário estaria “devendo” R$ 23,08 para a caderneta de poupança, ou teria pago, no total, R$ 983 reais, em vez dos R$ 960 da parcela única, considerando o saldo negativo ao final dos dez meses.

“Para quem tem o valor total disponível, é mais interessante pagar à vista do que aplicar o valor dessa parcela única na poupança e ir pagando aos poucos”, explica.

Chede entende, porém, que o pagamento à vista vale apenas para quem tem condições de quitar em parcela única. Ele defende que não vale à pena fazer outras dívidas, deixando de pagar outras taxas ou compromissos, ou ainda recorrer a outras fontes de financiamento, para quitar o imposto de uma única vez. Ainda que, ao optar pelas parcelas, haja a obrigação incômoda de realizar o pagamento mensalmente.

Novidade

A partir deste ano, o IPTU passa a ser desvinculado da Taxa de Coleta de Lixo (TCL). Embora os dois sejam pagos em conjunto, com a desvinculação da taxa, os imóveis residenciais passam a pagar R$ 275,40 e os não residenciais, R$ 471,60. Os valores são os mesmos já praticados no ano passado, informa a prefeitura.

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