O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu, nesta quinta-feira (19), mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva ligada a dois réus já condenados na Operação Publicano: os auditores fiscais Ranulfo Mendes e Orlando Coelho Aranda. Eles foram condenados na primeira fase da operação, que apura um esquema de corrupção articulado na Receita Estadual do Paraná e que teria abastecido a campanha do governador Beto Richa (PSDB).
Seis pessoas foram conduzidas coercitivamente à sede do Gaeco, em Londrina, onde prestaram depoimento. Todas elas são ligadas ao auditor Ranulfo Mendes. Além disso, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Londrina, Campo Mourão e Mauá da Serra. Foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos – como computadores e celulares – que serão periciados pelo Instituto de Criminalística (IC) e analisados pelos promotores.
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Segundo o promotor Jorge Barreto da Costa, o objetivo desta fase da operação era aprofundar a coleta de provas relacionadas aos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, praticados pelos dois auditores fiscais. “Os elementos devem corroborar e reforçar o que já temos, que comprova o cometimento de crimes, principalmente a lavagem de dinheiro”, disse o promotor.
A Publicano
Deflagrada em março de 2015, a Operação Publicano desarticulou uma organização criminosa que tinha a Receita Estadual como epicentro. Segundo as investigações, auditores fiscais cobravam propina de empresários e facilitavam a sonegação fiscal.
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O principal delator do caso, Luiz Antônio de Souza, detalhou que o dinheiro obtido a partir do mecanismo de corrupção teria abastecido a campanha de reeleição de Beto Richa, via caixa 2, em 2014. O governador chegou a solicitar a anulação da delação do auditor, mas o STJ negou o pedido e manteve nos autos todos os elementos apresentados por Souza. Um dos articuladores do esquema seria, segundo o Gaeco, o empresário Luiz Abi Antoum, que é parente distante do governador Beto Richa.
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