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Trabalhadores têm feito manifestações contra a privatização da refinaria da Grande Curitiba. | /Gerson Klaina/Tribuna do Paraná
Trabalhadores têm feito manifestações contra a privatização da refinaria da Grande Curitiba.| Foto: /Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Mesmo com uma decisão judicial do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que considerou a greve dos petroleiros ilegal, a categoria iniciou uma paralisação de 72 horas a partir da 0h desta quarta-feira (30). No Paraná, estão parados funcionários da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na Grande Curitiba; da Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul; e do Terminal Aquaviário de Paranaguá (Tepar), no litoral.

De acordo com Mário Dal Zot, presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e de Santa Catarina (Sindipetro), no caso paranaense as reivindicações incluem a suspensão da privatização da Repar, que foi confirmada pela Petrobras em abril. Entenda o plano de venda da refinaria aqui.

“Queremos ter alguma garantia em relação aos nossos empregos. Anunciaram a venda da refinaria e não sabemos o que vai acontecer com os funcionários”, afirma Dal Zot.

Segundo ele, o sindicato optou por manter a paralisação porque ainda não foi notificado da decisão judicial da Justiça do Trabalho, que determina uma multa de R$ 500 mil por dia se o movimento for mantido. “A princípio, a paralisação é de 72 horas. Na sexta-feira (01), faremos uma assembleia para definir os próximos passos”, diz o presidente da entidade.

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Produção continua

O sindicato informa que em torno de cem funcionários continuam dentro da Repar, porque não houve troca de turno. Ainda segundo a entidade, a intenção não é parar a produção na refinaria. “Pelo menos enquanto durar essa greve de advertência, o abastecimento não será afetado. Na sexta, se a categoria decidir pela continuidade do movimento, a produção pode ser suspensa”, explica Dal Zot.

A paralisação faz parte de uma mobilização nacional, comandada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Além das reivindicações locais, também estão na pauta da categoria questões nacionais.

Os trabalhadores pedem o fim do que consideram ser um aumento abusivo dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; a retomada da produção interna de combustíveis; o fim das importações de gasolina e outros derivados de petróleo; e a saída imediata do presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Em nota, a Petrobras reforçou o teor da decisão judicial obtida ontem. Afirmou, ainda, que foram registradas “paralisações pontuais em algumas unidades operacionais”. Ainda de acordo com a empresa, “equipes de contingência estão atuando onde necessário e não há impacto na produção”.

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